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Fundação António Quadros
Biografia Imprimir e-mail

 Autores 
Biografia
1895 - 1916
1917 - 1923
1924 - 1931
1932 - 1938
1939 - 1944
1945 - 1949
1950 - 1956
1957 - 1998

1945-1949
Iniciam as suas actividades as Bibliotecas Ambulantes do S.N.I.., bem como os Salões de Arte Moderna dos Artistas do Norte, com a atribuição dos Prémios António Carneiro, Armando de Basto, Henrique Pousão, Marques de Oliveira e Teixeira Lopes.

Realizam-se as Festas do Maio Florido, no Porto, que passaram a integrar-se na tradição portuense.

Em 1945-1946, promovida pelo S.N.I., com a colaboração do Círculo Eça de Queiroz e do Grémio Literário, promove as comemorações do centenário do nascimento do autor de Os Maias. António Ferro profere aqui uma interessante conferência sobre o escirtor.

Em 1946, organiza em Alcobaça os Jogos Florais da Emissora Nacional da Radiodifusão.

Em 1947, é  o autor do argumento do bailado Noite sem Fim, dançado pelo Verde Gaio, no Teatro de S. Carlos, sobre a Dança Macabra, de Saint-Saens, e a Noite Sobre o Monte Calvo, de Mussorgski, com coreografia de Morresi e Ivo Kramer, cenário e figurinos de Paulo Ferreira.

Em Novembro deste ano, o S.N.I. instala-se no Palácio Foz, restaurado e adaptado pelo Ministério das Obras Públicas, sobre planos do Arq.to Luís Benavente.  

Com a colaboração de Cottineli Telmo e Luís Pastor de Macedo, comemora o 8º Centenário da Tomada de Lisboa aos Mouros.  

Em Janeiro de 1948, inaugura o XII Salão de Arte Moderna, e, nas novas galerias do Palácio Foz, realiza a Exposição 14 anos de Política do Espírito, realizada por Thomaz de Mello (Tom), Manuel Lapa e Eduardo Freitas da Costa. Na sessão inaugural, António Ferro faz o balanço espectacular da sua obra no S.P.N./S.N.I.

A 15 de Julho, inaugura o Museu de Arte Popular, de Belém, em que intervêm os arquitectos Veloso Reis e Jorge Segurado, os artistas Thomaz de Mello, Estrela Faria, Carlos Botelho, Manuel Lapa, Paulo Ferreira e Eduardo Anahory, além do etnógrafo Francisco Lage. Na «Panorama» (nºs 36 e 37, 1948), frisa: «Não é apenas um museu de arte popular, onde as coisas venham encher-se de bolor; é também, ou sobretudo, um Museu poético - o museu da poesia esparsa, do povo português, da terra portuguesa.»

É neste ano que é promulgada a Lei de Protecção ao Cinema Nacional, que cria no âmbito do S.N.I o Fundo do Cinema e a Cinemateca Nacional (sob a direcção de Félix Ribeiro, que já chefiava a Secção de Cinema daquele organismo), além de, entre outras medidas, proibir as dobragens.

Início da colecção Política do Espírito, incluindo os seus discursos respeitantes às várias modalidades da sua acção.

A 6 de Maio de 1949, juntamente com o XIII Salão de Arte Moderna, inaugura o Salão retrospectivo de galardoados com os prémios artísticos do S.N.I., aproveitando para recordar o caminho percorrido, abordar as perspectivas do futuro e expor o seu pensamento sobre a arte moderna, que há longos anos defendia e apoiava. Figuram neste salão todos os premiados nos anteriores, como, entre outros, Mário Eloy, António Soares, Dórdio Gomes, Jorge Barradas, Sarah Afonso, Carlos Botelho, Eduardo Viana, Almada Negreiros, Frederico George, Maria Keil, António Dacosta, Manuel Bentes, Ofélia Marques, Paulo Ferreira, António Cruz, Tom, Manuel Lapa, Álvaro de Brée, António Duarte, Martins Correia, João Fragoso, Canto da Maya e Barata Feyo.  

A 12 de Maio, inaugura o I Salão de Artes Decorativas, também no S.N.I.

É promulgado o estatuto do Turismo.

São criados os Prémios de Arte Dramática para as sociedades de recreio, que António Ferro atribui pela primeira vez, com um discurso, a 29 de Dezembro.

Realiza-se a 11 de Dezembro, no Teatro de S. Carlos, o primeiro concerto do Gabinete de Estudos Musicais, que António Ferro criou na E.N., encomendando obras a compositores de música popular e erudita.

Durante um almoço realizado em sua honra, no «Aquário» (22.12.1949), conhecido restaurante da Baixa lisboeta, é alvo de uma expressiva homenagem por parte de 50 jornalistas de Lisboa.  
Continua a colecção Política de Espírito.