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Fundação António Quadros
Testemunhos Imprimir e-mail

Que surpresa boa, receber o seu livro de memórias! Ele foi leitura obrigatória nestas últimas noites, e ao acabar, fiquei com pena: queria que continuasse infinitamente… (…) Que beleza tem sido a sua vida, consagrada às letras e ao serviço social, numa fusão harmoniosa de tendências!
Carlos Drummond de Andrade 1987, acerca de Ao Fim da Memória


O tempo não passou por Fernanda de Castro, ela sim, é que passou indemne por ele.
Fernanda Botelho


De um ciclo de mulheres poetas da época, nomeadamente Marta Mesquita da Câmara, Florbela Espanca e Virgínia Vitorino, ela (Fernanda de Castro) é a de estro mais moderno.
João Gaspar Simões in História da Poesia Portuguesa do Século XX, 1959


Fernanda de Castro, uma mulher iluminada e profundamente empenhada, jamais hipotecou um sentimento ou sacrificou uma ideia. Admiradora de Salazar, apoiou-o sem reservas, e, por isso, haveria de pagar até ao fim.
Laurinda Alves


É um desses espíritos poderosos que não necessita de dizer as coisas para as dizer.
Fernando Dacosta


«…Ela foi a primeira, neste país de musas sorumbáticas e de poetas tristes, a demonstrar que o riso e a alegria também são formas de inspiração, que uma gargalhada pode estalar no tecido de um poema, que o Sol ao meio-dia, olhado de frente, não é um motivo menos nobre do que a Lua à meia noite. Mas foi igualmente uma das primeiras a saber saltar, dentro da mesma estrofe e quase sem transição, do riso para as lágrimas e das lágrimas para o riso, de uma manhã de sol para uma tarde de chuva, de uma atmosfera de sombra para uma exclamação de euforia, de um traço de caricatura para um tom de aguarela, de um «allegro» para um «addagio».  Ela foi ainda a primeira que soube ver Lisboa num pé de igualdade, de mulher para mulher, sem demasiados rigores nem exageradas complacências; e a primeira também que soube entender até ao âmago, até à raiz, a alma secreta do continente africano. Ela foi tudo isso e continua a ser tudo isso: aqui, justamente, é que está o milagre!»

Ela foi a primeira
David Mourão-Ferreira

Excerto do discurso de saudação no jantar comemorativo dos 50 anos de vida literária de Fernanda de Castro, 1970