Difícil Alquimia
Oitenta anos daqui a poucos dias. Parece muito. É imenso, não é nada. Ínfimo grão de pó no pó da estrada. Raminho de Tristezas, de alegrias. Crepusculares, doces alegrias. Por vezes, dolorosa a caminhada, mas sempre, após a noite, a madrugada. Cantos de rouxinóis, de cotovias. De tudo um pouco, assim é que é a vida se a queremos inteira, bem vivida, às vezes vendaval, outras bonança- Bem e mal, noite e dia, riso e dor. Difícil alquimia: espinho e flor, mas sempre aberta a porta da esperança. Fernanda de Castro in «Poesia II»
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