Amo as palavras
Amo as palavras. Não, não amo as palavras, amo os símbolos. A Lua é talvez um planeta, mas a lua que eu amo, nimbada de luar, é a lua inventada, algo de branco, puro, inacessível, algo para cantar quando o silêncio, a noite, a solidão, são lágrimas de sangue que o Poeta se recusa a chorar. Fernanda de Castro, in «Na Ronda das Horas Lentas», 1969
|