2013 - ACTIVIDADES REALIZADAS

 

ACTIVIDADES REALIZADAS EM 2013 

 

PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA

O processo “Obtenção de um espaço para a Fundação” teve início em 2007 através de diversos contactos com a Câmara municipal de Lisboa. Esses contactos prolongaram-se até 2013, ano em que o último pedido foi efectuado e obteve da Dra Catarina Vaz Pinto a resposta presencial de que tal não era possível.

Esta questão representava a segunda maior preocupação da Fundação pois sem um espaço próprio, tornava-se cada vez mais difícil alcançar a estabilidade de que a Fundação tanto necessita para continuar a realizar as suas actividades. Era, por isso, crucial encontrar uma solução que garantisse a subsistência financeira e a continuidade das actividades da Fundação, diminuindo os custos e, simultaneamente, munindo a Fundação de apoios seguros e constantes. Com esse objectivo, ainda em 2012, estabelecido o primeiro contacto com a Câmara Municipal de Rio Maior (CMRM), entidade à qual foi apresentada uma proposta de parceria. Assim, no dia 5 de Maio de 2013, exactamente cinco anos depois da sua instituição, a Fundação assinou um protocolo com a CMRM que lhe garantiu instalações. apoio logístico pontual e isenção de pagamento de serviços, limpeza.

A Fundação iniciou, em Maio, o levantamento do novo espaço bem como dos móveis e espólio a transferir e, também, o seu acondicionamento para transporte. A transferência para Rio Maior, município onde está sedeada desde a sua criação em Janeiro de 2009, efectuada durante os meses de Junho e Julho, foi fortemente apoiada pela CMRM. O processo foi complicado e exigiu uma vasta e empenhada equipa de colaboradores, na sua maioria da Biblioteca Municipal de Rio Maior. Além de móveis, estantes de documentação e biblioteca, obras de arte expostas, postos de trabalho e parque informático, era necessário transferir e garantir a recuperação de um espólio que inclui, presentemente, cerca de 150 metros lineares de arquivo e 250 metros lineares de biblioteca, num total de 400 metros lineares de prateleiras.

A transferência da Fundação permitiu o acondicionamento do seu espólio, a continuação do cumprimento do Plano de Actividades e, quiçá, a sua perenidade.

 

INAUGURAÇÃO DAS NOVAS INSTALAÇÕES

No sábado, dia 13 de Julho, véspera do dia em que António Quadros faria 90 anos, a Fundação António Quadros reabriu as suas portas no novo espaço situado no edifício da Biblioteca Municipal Laureano Santos. Na cerimónia de inauguração tomaram da palavra Isaura Morais, presidente da CMRM, Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura e membro do Conselho Consultivo da Fundação António Quadros, Mafalda Ferro, presidente da Fundação e Mafalda Samwell Diniz, autora da imagem gráfica da Fundação. Nesse dia, foi inaugurada a exposição “António Quadros-vida e obra”.

 

ARQUIVO e BIBLIOTECA

Pelas razões já referidas, pela falta de recursos humanos, o trabalho de descrição do arquivo e da biblioteca da Fundação foi interrompido durante alguns meses pois, durante esse tempo, foi priorizado o transporte e correcto acondicionamento de todo o espólio.

 

UTILIZADORES

Apesar do investimento de tempo e recursos humanos investidos na transferência e acondicionamento do espólio da Fundação, a Fundação apoiou em 2013, 35 trabalhos de investigação através da disponibilização e reprodução de elementos do seu arquivo e biblioteca.

Os temas e personalidades alvo das investigações dos utilizadores da Sala de Leitura foram, em 2013:

 


·        Adelino Nunes e os cartazes do Estado Novo;

·        Amorim de Carvalho;

·        António Ferro e Mário Motta Pereira;

·        António Ferro: os últimos anos;

·        António Ferro (para biografia);

·        António Quadros e o Surrealismo;

·        António Quadros;

·        António Quadros, tradutor;

·        Cecilia Meireles;

·        Darius Milhaud;

·        Eça de Queiroz;

·        Exposição do Mundo Português;

·        Exposições de Arte Popular;

·        Francisco Liberato Telles de Castro;

·        Gabriela Mistral;

·        Gino Saviotti;

·        Glória Sant’Anna;

·        Hotel do Império;

·        Independência do Brasil;

·        José de Figueiredo;

·        Manifesto Nós, de António Ferro;

·        Manuel Augusto Malheiro Dias;

·        Marinetti;

·        Mircea Eliade;

·        Mito e Sebastianismo no Brasil;

·        O Jazz em Portugal;

·        O movimento do “Orfeu”;

·        Parques Infantis; 

·        Paul Claudel;

·        Representações turísticas, anos 30;

·        Teixeira de Pascoaes;

·        Vasco da Gama;

·        Verde Gaio e Ballets Rousses;

·        Verde Gaio;

·        Villermoz;

·        Wanda Landowska.

 

Com base no apoio prestado pela Fundação, em 2013:

       I.         Foram defendidas as seguintes teses de doutoramento e dissertações de mestrado:

·     A Dança Teatral Portuguesa da 1.ª República ao Estado Novo - Modas, Rupturas e Nacionalismos.

Tese de Doutoramento, por Elvira Maria Serra Alvarez.

 

·     António Ferro vanguardista: Nós, a experiência do teatro-manifesto.

Dissertação de Mestrado, por Helena Baptista.

 

·     As Representações Turísticas no Estado Novo entre 1933 e 1940.

Tese de Doutoramento, por Cândida Cadavez.

 

·     Entre Brasil e Portugal: Trajectória e Pensamento de Plínio Salgado e a Influência do Conservadorismo Português.

Tese de Doutoramento, por Leandro Pereira Gonçalves.

 

·     Relações culturais intersistémicas no espaço ibérico: o caso da trajectórica de Alfredo Guisado (1910 – 1930).

Tese de Doutoramento, por Carlos Pazos.

 

·     Francisco Ribeiro: determinação e circunstância: cenas de um percurso de teatro, 1936-1960.

Dissertação de Mestrado, por Ana Sofia Patrão.

 

     II.         Foram publicadas em 2013, as seguintes obras:

·     António Ferro: A Vertigem da Palavra.

Autoria: Margarida Accaiuolli.

 

·     Mircea Eliade em Portugal (1941-1945): Portugal, o Estado Novo e Salazar na óptica elidiana.

Autoria: Rosa Fina.

 

·     Nova Águia n.º 12 (2.º semestre de 2013).

Sob a direcção de Renato Epifânio.

 

·     O Pesadelo: António Quadros e seis aventuras virtuais a partir deste conto.

Autoria: Adriana Fonseca; Catarina Sarmento; Diogo Cardoso; Mariana Leal Rato; Raquel Koch; Sara Lourido. Sob a direcção gráfica e de edição de Armando Villas-Boas.

Bélgica: Editora Orfeu, 2013.

 

·     Bairro Alto: Mutações e convivências Pacificas.

(fruto de uma exposição com o mesmo nome, organizada por Hélder Carita e que deu origem ao CD “Bairro Alto: 500 Anos”)

Autoria: Arquivo Municipal de Lisboa.

 

LIVRARIA

Graças a numerosas doações e algumas (poucas) aquisições, o acervo da livraria da Fundação, reúne actualmente 1453 obras literárias que são, na sua maioria, primeiras edições, muito procuradas pelos investigadores. A Livraria, única actividade comercial da Fundação, representa uma das suas duas fontes de rendimento.

A Livraria foi, em 2013, baptizada com o nome de LIVRARIA QUADROS FERRO.

 

ANTÓNIO QUADROS - EFEMÉRIDES

2013, representou um ano marcante para a Fundação já que se completaram 90 anos depois do nascimento de António Quadros e 20 anos depois da sua morte. Cumprindo os seus objectivos estatutário, a Fundação, promoveu e apoiou diversas iniciativas destinadas ao estudo e divulgação do Pensamento e da Obra de António Quadros:

 

Janeiro, 2013

·     Início do apoio que, ao abrigo da Lei do Mecenato, permite à Fundação garantir aos seus beneméritos, retorno, a nível fiscal, das suas doações.

Fevereiro, 2013

·     Colóquio “António Quadros, nos 20 Anos da sua morte”, promovido pelo Círculo António Telmo com o apoio da Fundação.

·     Confirmação do Estatuto de Utilidade Pública.

Março, 2013

·     Publicação de “O Pesadelo: António Quadros e seis aventuras virtuais a partir deste conto”. Editora Orfeu em Bruxelas com o apoio da Fundação António Quadros e do IADE (trabalhos gráficos dos alunos do IADE sobre o conto de António Quadros).

·     Publicação online de um catálogo exclusivo das obras de António Quadros, à venda na Livraria Quadros Ferro.

Maio/Junho, 2013

·     Colóquio Internacional “António Quadros: Obra, Pensamento, Contextos”, promovido pelos Centros de Estudos de Filosofia (CEfi) e de Comunicação e Cultura (CECC), da Universidade Católica de Lisboa, pela Fundação António Quadros e pelo Real Gabinete de Leitura do Rio de Janeiro.

·     Assinatura de um Protocolo de cooperação com a Câmara Municipal de Rio Maior.

·     Exposição “António Quadros 1923-1993”, em parceria com a Biblioteca João Paulo II, da Universidade Católica de Lisboa.

·     Colóquio “António Quadros 1923-1973”, promovido pelo Círculo António Telmo.

Julho, 2013

·     Inauguração oficial das novas instalações da Fundação, cedidas pela Câmara Municipal de Rio Maior.

·     Exposição “António Quadros: vida e obra”, realização da Fundação António Quadros com apoio da Biblioteca Municipal Laureano Santos.

Outubro, 2013

·     IV Encontro dos AMIGOS DA FUNDAÇÃO ANTÓNIO QUADROS. 

Novembro, 2013

·     Entrega do PRÉMIO ANTÓNIO QUADROS, categoria de Romance, a “A Cidade de Ulisses”, de Teolinda Gersão.

·     Publicação e apresentação em Rio Maior do n.º 12 da revista “Nova Águia” dedicada a António Quadros. Com o apoio da Fundação António Quadros.

·     “Portugalidade e Lusofonia: entre Pascoaes e António Quadros”, tema apresentado por Rodrigo Sobral Cunha no Colóquio PORTUGALIDADE E LUSOFONIA organizado por Lourenço d’Almada e Renato Epifânio.

Dezembro, 2013

·     "Agostinho da Silva e António Quadros: Saudades do Futuro", por Maurícia Teles, no âmbito do ciclo de tertúlias realizadas "Em torno de Agostinho da Silva” na Casa Bocage.

(adiado para 2014)

·     Publicação da correspondência trocada entre António Telmo e António Quadros em “Cadernos de Filosofia Extravagante”. Parceria Editora Zéfiro/Fundação António Quadros/Círculo António Telmo.

 

NÓS OS DE ORPHEU - COLÓQUIO

Integrado no colóquio NÓS OS DE ORPHEU, realizado na Academia de Ciências, dia 5 de Dezembro de 2013, 10h/17.30h, a Fundação, representada por Mafalda Ferro, fez uma apresentação do espólio de António Ferro e informou sobre o apoio prestado pela Fundação António Quadros à investigação. Sessão de manhã, aberta por Teresa Rita Lopes. Sessão da tarde, aberta por Mário Soares. Foram, também oradores: Teresa Rita Lopes (O Triângulo de Orpheu: Pessoa, Sá-Carneiro e Almada); Anabela Almeida (Pessoa e Armando Côrtes-Rodrigues: um diálogo de poesia e afectos); Ana Rita Palmeirim (José Coelho Pacheco: A descoberta de mais um modernista); João Bigotte Chorão (O Almada que eu teria conhecido); Celina Silva (Almada presença/ausência); Eugénio Lisboa (Orpheu em África); José-Augusto França (No centenário da Engomadeira; António Valdemar (Almada e a geometria); Ana Raquel Roque (O eu do outro lado do espelho: pessoa visto por si como um outro); Maria João Serrado (Retratos de Pessoa: um legado de Almada); Mário Vieira de Carvalho (A música dos modernistas); Mafalda Ferro (No rasto de António Ferro e de Fernanda de Castro); Artur Anselmo (Montalvor, Leal e Guisado).

 

PLANO EDITORIAL DA FUNDAÇÃO EM 2013

·     Apoio e prefácio da publicação de “O Pesadelo: António Quadros e seis aventuras virtuais a partir deste conto”. Editora Orfeu em Bruxelas (trabalhos gráficos dos alunos do IADE sobre o conto de António Quadros).

·     Publicação de correspondência da Fundação no n.º 12 da revista “Nova Águia” dedicada a António Quadros.

·     Publicação mensal da newsletter da Fundação.

 

 

BENÇÃO DAS INSTALAÇÕES

As instalações da Fundação foram, no dia 16 de Novembro, benzidas pelo Padre António Gonçalves Diogo, da freguesia de Rio Maior, que fez votos para que fossem utilizadas em clima de harmonia e inter-ajuda, para praticar o bem e trabalhar em prol da cultura.

 

PRÉMIO ANTÓNIO QUADROS 2013

Pelo terceiro ano consecutivo, a Fundação atribuiu e entregou o PRÉMIO ANTÓNIO QUADROS. A categoria selecionada para 2013, foi o ROMANCE.

Integraram o Júri:

·     Alexandra Lopes (vogal) Coordenadora Científica da Área de Estudos de Cultura da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa;

·     Guilherme Oliveira Martins (vogal) Presidente do Centro Nacional de Cultura; Membro do Conselho Consultivo da Fundação António Quadros;

·     Manuel Cândido Pimentel (presidente) Presidente do Centro Estudos de Filosofia da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa; Membro do Conselho Consultivo da Fundação António Quadros;

·     Manuel Frias Martins (vogal) Vice-presidente da Associação Portuguesa de Críticos literários, Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa;

·     Maria João Lopo de Carvalho (vogal) Escritora licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

 

A equipa de coordenação constituída por Mafalda Ferro (Presidente da Fundação) e Manuel Cândido Pimentel (Presidente do Júri) entregaram a “A Cidade de Ulisses”, de Teolinda Gersão, o "Prémio António Quadros 2013 - Romance”, no dia 16 de Novembro de 2013, às 16h, em Rio Maior. Tomaram também da palavra Ana Filomena Figueiredo (vereadora da cultura do Município de Rio Maior) e Teolinda Gersão (autora da obra vencedora).

O Prémio é representado pelo TROFÉU “VIDA”, da escultora Cristina Rocha Leiria.

 

Foi proposto aos produtores locais de vinhos, doçaria e artesanato que se associassem à Homenagem, através da doação de produtos regionais. Foi, assim, possível realizar um lanche e oferecer à autora um cabaz de produtos regionais.

 

 

APRESENTAÇÃO DA NOVA ÁGUIA

No dia 16 de Novembro, nas instalações da Fundação, em Rio Maior, António Braz Teixeira e Renato Epifânio, com o apoio da Fundação, apresentaram o n.º 12 da Revista “Nova Águia” no qual António Quadros se destaca como “rosto mais visível da Filosofia Portuguesa”.

 

AMIGOS DA FUNDAÇÃO          

Este grupo, actualmente com 75 filiados, representa uma importante fonte de apoio para a Fundação. Além de contributos financeiros, de doações documentais, bibliográficas e artísticas, os membros do Grupo apoiam pontualmente algumas actividade. É imperativo que se angarie um número mais elevado de adesões.

Em Novembro de 2013, a Fundação realizou, no Estoril, o IV Encontro dos "Amigos da Fundação" que teve como único objectivo homenagear e agradecer o apoio dos seus membros. A todos, foi oferecida uma obra literária.

 

POCESSOS ADMINISTRATIVOS

Declaração de Utilidade Publica

Em 2011, a Fundação obteve a declaração de utilidade pública tendo sido referido que Trata-se de uma Fundação que evidencia, face às razões da sua existência e aos fins que visa prosseguir, manifesta relevância social. Coopera com entidades públicas e privadas na prossecução dos seus fins.

Em 2012, em cumprimento da nova Lei-Quadro das Fundações, a Fundação pediu a confirmação do estatuto de utilidade pública que foi confirmado, em Março de 2013. O Estatuto passou a reger-se pela Lei-Quadro das Fundações.

 

Mecenato Cultural

A partir de Janeiro de 2013, a Fundação passou a usufruir de declarado interesse cultural para efeitos de mecenato em relação ao projecto Apoio à investigação e Tratamento do Espólio Documental 2013/2015.

 

Preparação e Assinatura de Protocolos

                      1.         Com a Câmara Municipal de Rio Maior;

                      2.         Com a Universidade de Coimbra e com a Universidade Unicentro, Paraná, Brasil.

 

PEÇAS GRÁFICAS PRODUZIDAS

No âmbito das actividades realizadas, foram produzidos três cartazes, dois convites, um diploma e um lógotipo. As peças são da autoria de Mafalda Samwell Diniz.

 

SÍTIO DA FUNDAÇÃO

O Sítio da Fundação tem sido alvo de constante reestruturação:

·    Para dar resposta ao grande número de utentes que tem vindo a aumentar significativamente e que o consulta como fonte de informação sobre a vida e obra de Fernanda de Castro, António Ferro e António Quadros e, também, do trabalho da Fundação, dos seus parceiros e investigadores.

·    Para corresponder às exigências da Presidência do Conselho de Ministros no sentido de colocar online documentos e informação de gestão e contabilidade da Fundação, sob o risco de cancelamento do estatuto de utilidade pública.

 

Rio Maior, 30 de Dezembro de 2013