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Newsletter Nº 86 / Abril de 2015
Direcção Mafalda Ferro Edição Fundação António Quadros

ANTÓNIO FERRO: 120 ANOS DEPOIS DO SEU NASCIMENTO
Divulgação | Convite - com informação adicional


OBJECTIVO
Homenagear António Ferro (1895/1956), 120 anos depois do seu nascimento, contribuindo para o estudo do seu pensamento, vida e obra.


COMISSÃO CIENTÍFICA E EXECUTIVA
Ana Cristina Martins; Guilherme d’Oliveira Martins; Madalena Ferreira Jordão; Mafalda Ferro; Vítor Escudero.

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ANTÓNIO FERRO. O TEMPO. AS IDEIAS. O MODO.
SEMINÁRIO


Local e data: Terça-Feira, dia 14 de Abril de 2015, na Sociedade de Geografia de Lisboa, Auditório Adriano Moreira, Rua das Portas de Santo Antão, 100. 1150-269 Lisboa.
Entrada Livre.

Programa

09.40 – Recepção de participantes e público.
10.00 – Abertura e saudações institucionais de Luís-Aires Barros, presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa; Ana Cristina Martins, presidente da Secção de Estudos do Património; Benito Martinez, presidente da Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística; Mafalda Ferro, presidente da Fundação António Quadros; Ana Filomena Figueiredo, vereadora da cultura da Câmara Municipal de Rio Maior.

1.º Bloco, moderado por Ana Cristina Martins.
10.40 – Madalena Ferreira Jordão: António Ferro: quem foi?
11.10 – António Cardiello: Orpheu acabou. Orpheu continua: António Ferro e a geração de Orpheu – elementos para uma exposição.
11.30 – Pausa para café.

2.º Bloco, moderado por Vítor Escudero.
11.50 – Guilherme Oliveira Martins: António Ferro: Um jornalista num mundo perigoso...
12.10 – Jorge Ramos do Ó: António Ferro e a Politica de Espírito.
12.30 – Raquel Henriques da Silva: O Museu de Arte Popular, uma herança à procura de futuro.
12.50 – Ernesto Castro Leal: António Ferro: Tempo político e imaginário social (1915-1933).
13.10 – Pausa para almoço.

3.º Bloco, moderado por Mafalda Ferro.
14.30 – José Guilherme Victorino: António Ferro e o turismo como programa político.
14.50 – Vasco Rosa:Vasco Rosa: António Ferro e os artistas: uma reavaliação
15.10 – Rosa Paula Rocha Pinto: "Portugal, meu amigo, eu já o disse algures, ou será um 'baile russo' — ou não será": António Ferro e a criação dos Bailados Portugueses Verde Gaio (1940-1950).
15.30 – Teresa Rita Lopes: Sem António Ferro, não haveria “Mensagem”.
15.50 – Pausa para café

4.º Bloco, moderado por Madalena Jordão
16.10 – José Carlos Calazans: António Ferro e Mircea Eliade: encontro de identidades.
16.30 – Maria Barthez: Da Utopia à Distopia: representações de arte popular em António Ferro (1935-1948).
16.50 – Mafalda Ferro/Paulo Baptista: António Ferro e o pós-guerra: o exílio em funções e em vida.
17.10 – Vítor Escudero: Ao Mérito de António Ferro – um peculiar estudo de Falerística.
17.30 – Debate moderado por Ana Cristina Martins.
18.30 – Encerramento.

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ANTÓNIO FERRO: A IMAGÉTICA DA MEMÓRIA.
Mostra iconográfica, documental, bibliográfica e falerística evocativa da Vida e Obra de António Ferro.
Local e data: Terça-Feira, dia 14 de Abril de 2015, patente até 30 de Abril, na Sociedade de Geografia de Lisboa, Rua das Portas de Santo Antão, 100. 1150-269 Lisboa.
Entrada Livre.

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A ARTE DO EX-LIBRIS.
Apresentação de ex-libris, peças de autor, criadas para as bibliotecas da Fundação António Quadros, de António Ferro, de Fernanda de Castro e de António Quadros.

Local e data
: Sábado, dia 18 de Abril de 2015, pelas 15h, nas instalações da Academia Portuguesa de Ex-Libris, Rua do Jasmim, n.º 14, 1.º, ao Príncipe Real.

Programa
Sérgio Avelar Duarte
Saudações institucionais.
David Fernandes Silva
Apresentação do ex-libris da Biblioteca de Fernanda de Castro, de sua autoria.
José Colaço
Apresentação do ex-libris Biblioteca de António Quadros, de sua autoria.
Mafalda Samwell Diniz
Apresentação do ex-libris da Biblioteca da Fundação António Quadros, de sua autoria.
Segismundo Ramires Pinto
Apresentação do ex-libris da Biblioteca de António Ferro, de sua autoria.
Mafalda Ferro
Agradecimentos.

Será servido um porto de honra.
Entrada Livre.

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MESA REDONDA EM TORNO DE ANTÓNIO FERRO
Mesa redonda moderada por Margarida Acciaiuoli, onde terão lugar estudiosos e conhecedores da acção de António Ferro.
Local e data: Sábado, dia 18 de Abril de 2015, pelas 16h, nas instalações da Academia Portuguesa de Ex-Líbris, Rua do Jasmim, n.º 14, 1.º, ao Príncipe Real.
Entrada Livre.

Participantes
José Augusto França
Lauro António
Manuel Villaverde Cabral
Margarida Acciaiuoli
Paulo Baptista
Rita Almeida Carvalho
Vera Marques Alves

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COCKTAIL E JANTAR
Cocktail e jantar de encerramento.
Local e data
: A partir das 19.30, no Restaurante Clara Jardim onde, em ambiente de alegre convívio, se ouvirá música e canto e no qual António Ferro será especialmente lembrado. Em benefício da Fundação António Quadros.
Entrada mediante reserva.

INSCRIÇÕES
Madalena Ferreira Jordão | madalenafjordao.faq@gmail.com | 919729704
Custo
30 Euros.

Participantes
Daniel Gouveia
Gonçalo da Câmara Pereira
Gonçalo Lucena
Maria João Quadros

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PUBLICAÇÃO DE “ANTÓNIO FERRO: 120 ANOS DEPOIS – ACTAS”.
Registo das acções que constituem a Homenagem prestada a António Ferro. não só pela Fundação António Quadros e pela Sociedade de Geografia, como por todos os historiadores, artistas e amigos que se uniram para celebrar a sua vida e a sua obra. Inclui o catálogo da Mostra.
A publicar em formato e-book e, por encomenda, em suporte de papel, co-edição da Editora Leya e das Edições Fundação António Quadros. 

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PROMOÇÃO

Fundação António Quadros;
Sociedade de Geografia de Lisboa – Secção de Estudos do Património;
Sociedade de Geografia de Lisboa – Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística.

  


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APOIOS

Academia Portuguesa de Ex-Líbris;
Câmara Municipal de Rio Maior; 
Cherry Bloom - Brand Consultants;
Centro Nacional de Cultura.

              

 

CONFERENCISTAS
Notas biográficas

Não é fácil resumir os curricula das personalidades que irão partilhar connosco os seus estudos sobre a vida e a obra de António Ferro. Por essa razão, optou-se por mencionar apenas algumas notas consideraadas mais pertinentes para o tratamento da temática apresentada por cada um.

ANTÓNIO CARDIELLO
Doutor em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 2012, produziu diversas obras literárias na sequência de estudos sobre a vida e o espólio de Fernando Pessoa. António Cardiello coordena presentemente, com Jerónimo Pizarro e Sílvia Costa, uma exposição itinerante em preparação, sobre o centenário de Orpheu patrocinada pela Casa Fernando Pessoa em parceria com o Instituto Camões.

ERNESTO CASTRO LEAL
Ernesto Castro Leal é Doutor em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Investigador nas áreas da História das Ideias, da História Política, da História da História e da História Biográfica, durante os séculos XIX e XX. Entre a vastíssima obra publicada, destacamos “António Ferro: Espaço Político e Imaginário Social (1918-1932)”.

GUILHERME d’OLIVEIRA MARTINS
Licenciado em Direito e mestre em Ciências Jurídico-Económicas, Guilherme Oliveira Martins tem acompanhado de perto o percurso de António Ferro, bem como, enquanto membro do Conselho Consultivo da Fundação António Quadros, a organização e tratamento do arquivo da Fundação António Quadros. Da importante obra que publicou, destacamos “Património, Herança e Memória: A cultura como criação”.

JORGE RAMOS DO Ó
Jorge Ramos do Ó tem aprofundado e escrito sobre história política, cultural e das mentalidades, especialmente durante o período do Estado Novo. Destaca-se a obra publicada na sequência da apresentação da sua dissertação de mestrado: “Os Anos de Ferro. O dispositivo cultural durante a Politica do Espírito. 1933-1949”.

JOSÉ AUGUSTO FRANÇA
Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa, Professor Catedrático Jubilado da Universidade Nova de Lisboa, José Augusto França, historiador, sociólogo e crítico de arte português, é considerado a maior sumidade em História da Arte em Portugal. Da sua obra destacamos “A Arte em Portugal no século XX”.

JOSÉ CARLOS CALAZANS
Professor Assistente da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias investiga e lecciona temáticas relacionadas com História e Filosofia das religiões. Prepara presentemente, com a Fundação António Quadros e a Embaixada da Roménia, uma homenagem a Mircea Eliade, com especial incidência no período passado em Portugal.

JOSÉ GUILHERME VICTORINO
Doutourado pela Faculdade de Ciências da Informação da Universidade Complutense de Madrid com a tese “Um Instrumento de Consenso no Estado Novo: Panorama – revista portuguesa de arte e turismo (1941-1950), José Guilherme Victorino apresentou, também, a comunicação “Para além de Turismo: fonte de riqueza e de poesia, notas sobre a visão e o legado de António Ferro nesses domínios” que viria a ser publicada pela Fundação António Quadros em “Turismo em Portugal: passado, presente, que futuro? Actas”.
Membro do Conselho Consultivo da Fundação António Quadros.

LAURO ANTÓNIO
Licenciado em História, Lauro António é cineasta e crítico cinematográfico desde 1963. Da sua vastíssima obra, destaca-se “Cinema e Censura em Portugal” publicado em 1978 ou a realização, em 1965, da longa-metragem “O vestido cor-de-fogo, de José Régio.

MADALENA FERREIRA JORDÃO
Enquanto investigadora de “Subsídios Genealógicos para o estudo das famílias Galhardo e Bandeira de Mello”, aprofundou o estudo genealógico e biográfico de António Ferro e da sua família. Madalena Ferreira Jordão ocupa o cargo de membro do Conselho Consultivo da Fundação António Quadros.

MAFALDA FERRO
Presidente da Fundação António Quadros e neta de António Ferro, organizou e descreveu o seu espólio. Organizou o colóquio e exposição “Turismo em Portugal: passado, presente, que futuro?” do qual editou, também, o livro de actas.
Publicou com sua irmã, a escritora Rita Ferro, “Retrato de uma família: Fernanda de Castro, António Ferro, António Quadros”.

MANUEL VILLAVERDE CABRAL
Doutorou-se em História, na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales da Universidade de Paris com uma tese intitulada « Le Portugal de 1890 à 1914: forces sociales, croissance économique et pouvoir politique ». Foi director da Biblioteca Nacional e Vice-Reitor da Universidade de Lisboa. Apresentou o livro de Margarida Acciuoli “António Ferro. A vertigem da Palavra. Retórica, Política e Propaganda no Estado Novo”.

MARGARIDA ACCIAIUOLI
Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, obteve o mestrado em História da Arte Contemporânea e o doutoramento em História, especialidade de História da Arte (séculos XIX-XX) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Universidade Nova de Lisboa. Possui uma vasta obra publicada, da qual se destaca “António Ferro. A vertigem da Palavra. Retórica, Política e Propaganda no Estado Novo”.

MARIA BARTHEZ
Mestre com a dissertação “Museu de Arte Popular: antecedentes e consolidação (1935-1948)” à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Maria Barthez encontra-se a concluir o seu doutoramento. Em representação da Fundação António Quadros, apresentou a conferência intitulada “Museu de Arte Popular: o culminar da política do espírito, de António Ferro”, na Universidade da Califórnia, Los Angeles e, em Nova Iorque, nas comemorações dos 70 Anos da Exposição de Nova Iorque, de 1939/2009.

PAULO BAPTISTA
Mestre em História da Arte, encontra-se a concluir o seu doutoramento em História da Arte na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, estudando o retrato fotográfico em Portugal (1910-1940). No âmbito da História do Teatro tem levado a cabo uma investigação sobre a acção de António Ferro e o teatro português, na crítica teatral e na política cultural.

RAQUEL HENRIQUES DA SILVA
Raquel Henriques da Silva é doutora em História da Arte pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Desde 2005 coordena o Mestrado em Museologia e lecciona disciplinas na licenciatura em História da Arte e seminários no Mestrado em História de Arte do século XIX

RITA ALMEIDA CARVALHO
Licenciada, mestre e doutora em História pela Universidade Nova de Lisboa, tem participado em diversos projectos de investigação sobre o período do Estado Novo, designadamente na coordenação da Inventariação dos Arquivos do Ministério do Ultramar, dirigido por José Mattoso.
Da sua obra, destaca-se “A concordata de Salazar”, publicada em 2013.

ROSA PAULA ROCHA PINTO
Licenciada em Ciências Musicais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, encontra-se a finalizar a sua tese de doutoramento “Som, Corpo e Imagem: Estratégias de Comunicação nos Bailados Portugueses Verde Gaio (1940-1977)”.
Organizou o inventário do espólio dos Bailados Verde Gaio da Biblioteca Nacional de Lisboa e apresentou diversas comunicações nomeadamente: “Bailados Portugueses Verde Gaio” e "Representação musical e cénica do espaço rural nas obras de Frederico de Freitas para os Bailados Portugueses Verde Gaio (1940-1950).

TERESA RITA LOPES
Teresa Rita Lopes doutorou-se em Paris com uma tese sobre Fernando Pessoa “Fernando Pessoa et le drame symboliste - héritage et création”. Tem dedicado a sua carreira ao estudo e à divulgação da obra de Pessoa. Com uma vastíssima obra publicada, dirige o Instituto de Estudos sobre o Modernismo na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa onde é professora catedrática (actualmente jubilada).

VASCO ROSA

Editor e investigador, Vasco Rosa tem publicado recentemente trabalhos sobre Cottinelli Telmo, António Dacosta, Alberto de Lacerda, Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Raul Brandão. Escreveu também algumas notas biográficas para uma colecção sobre design português. Em 2014 apresentou a um colóquio internacional a comunicação «Aurora Jardim Aranha, crítica de arte desconhecida». É de sua autoria, a fotobiografia de Beatriz Costa.

VERA MARQUES ALVES
Licenciou-se em Antropologia Social no ISCTE e doutorou-se pelo mesmo Instituto com a tese "«Camponeses Estetas» no Estado Novo: arte popular e nação na política folclorista do Secretariado da Propaganda Nacional". Colaborou em diversas obras colectivas - "Vozes do Povo: A Folclorização em Portugal", "Enciclopédia da Música em Portugal no século XX" (2010) e "Como Se Faz um Povo".

VÍTOR ESCUDERO
Doutorando em História dos Factos Sociais, pela Universidade de Lisboa; Licenciado em História, pela FCSEA da ULHT; Investigador do CPES da FCSEA da ULHT, sendo Presidente da Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística; da Academia Nacional de Belas Artes; da Real Academia de Belas Artes de Santa Isabel de Hungria (Sevilha); Vice-Presidente da Academia Portuguesa de Ex-Líbris; Secretário da Secção de Estudos do Património e Secretário da Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística da Sociedade de Geografia de Lisboa.
 

APRESENTAÇÕES
Alguns resumos


ANTÓNIO CARDIELLO

Título

“Orpheu acabou. Orpheu continua.”: António Ferro e a geração de Orpheu – elementos para uma exposição

Resumo

Há 100 anos um grupo de jovens escritores e artistas publicou uma revista: Orpheu. Saíram apenas dois números. Foi o bastante para atiçar a polémica e agitar o cenário cultural português, adormecido nas linhas estéticas novecentistas. Orpheu, revista e geração, “foi o primeiro grito moderno que se deu em Portugal”, nas palavras de José de Almada Negreiros. Cem anos depois, esse grito continua a ecoar nas memórias que temos da revista, da geração, dos estilos órficos e do mundo que reinventaram.


ERNESTO CASTRO LEAL

Título

António Ferro: tempo político e imaginário social (1915-1933)

Resumo

Pretende-se, nesta comunicação, situar António Ferro no seu tempo cultural e político, entre 1915 (editor de Orpheu) e 1933 (director do Secretariado da Propaganda Nacional), com um olhar analítico dirigido à produção de imaginários sociais sobre a Europa, Portugal e Lisboa. Entretecendo cultura e política, com o fito de contribuir para a construção de uma «ideia sobre Portugal», o seu pensamento e a sua acção estão percorridos pela tensão moderna e modernista entre a tradição e o progresso, a conservação e a revolução ou o nacionalismo e o cosmopolitismo. Durante esse período histórico, Portugal envolveu-se na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), experimentou uma República Nova presidencialista (1918), tentou uma Nova República parlamentar (1919-1926) e conheceu uma Ditadura Militar (1926-1933). António Ferro foi um protagonista político e cultural de sonhos e de desilusões, tendo ajudado à criação de uma «situação messiânica» (redentorista) face a um diagnóstico agónico da vida portuguesa, que evidenciou, nas direitas e nas esquerdas políticas, um conflito de projectos regeneracionistas, moldados pela criatividade ideológica, pela agitação cultural, pelo choque de poderes simbólicos ou pela vertigem do movimento e pela concorrência de chefias.


MAFALDA FERRO/PAULO BAPTISTA

Título

António Ferro e o pós-guerra: o exílio em funções e em vida

Resumo

Durante a última etapa da vida ao serviço do seu País, António Ferro desempenhou funções diplomáticas nas legações de Berna e Roma. Infelizmente, não obteve colocação adequada às tarefas de promoção de Portugal que pretendia levar a cabo num posto relevante em centros mais cosmopolitas. Essa circunstância e as mudanças políticas do governo português isolaram-no cada vez mais, no que podemos designar como um exílio em funções. São também destes período duas das suas obras mais nostálgicas, o livro sobre D. Manuel II, em cujo prefácio reflecte sobre a condição de exilado e um livro de poemas que deixou para publicação póstuma.


RAQUEL HENRIQUES DA SILVA

Título

O Museu de Arte Popular, uma herança à procura de futuro

Resumo

Inaugurado em 1948, no final da direcção de António Ferro à frente do SPN, o Museu de Arte Popular (MAP) concretiza uma das linhas direccionais mais importantes do seu pensamento em relação à cultura portuguesa.

Criação inovadora e original, ela estava ao serviço da ideologia do Regime mas, ao mesmo tempo, abria um campo amplo à valorização de heranças culturais significativas que vinham a ser estudadas desde o Romantismo.

A minha comunicação assentará nestes pressupostos, num tempo em que os objectivos do MAP continuam por cumprir.


ROSA PAULA ROCHA PINTO

Título

"Portugal, meu amigo, eu já o disse algures, ou será um 'baile russo' — ou não será": António Ferro e a criação dos Bailados Portugueses Verde Gaio (1940-1950).

Resumo

A Companhia de Bailados Portugueses Verde Gaio (BPVG), que António Ferro enquadrou no programa do Secretariado da Propaganda Nacional (SPN) e da sua “política do espírito”, viu a sua estreia a 8 de Novembro de 1940 no Teatro da Trindade. Então director do SPN, António Ferro encontrava no ano das Comemorações dos Centenários e da Exposição do Mundo Português, o pretexto para criar uma companhia de bailado que constituiu a primeira instituição de carácter profissional representativa da dança teatral “portuguesa”. Inspirado na passagem dos Ballets Russes de Diaghilev por Lisboa, em 1917, António Ferro via, agora, nos Bailados Portugueses Verde Gaio um instrumento a ser utilizado pelo Estado Novo para representar uma “imagem” e “identidade nacional” através de uma linguagem artística “moderna” e simultaneamente de carácter popular, tradicional e ou historicista, utilizando temas que remetem sobretudo para as culturas e imaginários históricos e regionais, num projecto onde a associação entre propaganda e representação turística do país se entrelaçam desde o princípio. Esta comunicação pretende traçar um trajecto do discurso de António Ferro em torno dos BPVG, desde a sua génese até ao afastamento de Ferro da direcção da companhia.


VASCO ROSA

Título

António Ferro e os artistas: uma reavaliação.

Resumo

Questionando o mito, o preconceito e os lugares-comuns que prevalecem na historiografia dominante quanto a António Ferro, procura-se interpretar diferentemente a sua relação com os artistas, enquanto vanguardista e director do SPN. 


VÍTOR ESCUDERO

Título

Ao Mérito de António Ferro – um peculiar estudo de Falerística

Resumo

Das inúmeras condecorações recebidas por António Ferro, ao longo da sua vida, todas elas reconhecendo o Mérito do Jornalista, do Poeta, do Escritor e do Homem de Letras, urge uma imprescindível investigação científica através dos diplomas e insígnias – hoje pertença do arquivo da Fundação António Quadros -, uma natural e desejável contextualização e um peculiar estudo de Falerística, de cuja metodologia e bases programáticas se dá conta nesta comunicação.

 
 
     
 
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