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Newsletter Nº 145 / 14 de Março de 2019
Direcção Mafalda Ferro Edição Fundação António Quadros

ÍNDICE

01 –
O Adeus a João Bigotte Chorão, por Mafalda Ferro.

02 – Voto de pesar pelo falecimento de Pedro Pestana de Vasconcelos, por Assembleia da República

03 – A morte de Pedro Pestana de Vasconcelos, por Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

04 – António Quadros (14.07.1923 / 21.03.1993), 26 anos depois da sua morte. Poema biográfico.

05 – Congresso Internacional Multidisciplinar Império & Turismo. Divulgação.

06 – Curso de Iniciação à Apicultura 2019. Divulgação.

07 – Gago Coutinho, 150 anos depois do seu nascimento, por Mafalda Ferro.

08 – A liderança nas Organizações de Economia Social e Solidária. Divulgação.

09 Livraria António Quadros, promoção do mês: António Quadros: obra, pensamento, contextos.

 

EDITORIAL
por Mafalda Ferro

A Fundação perdeu recentemente dois queridos amigos que a apoiaram desde o seu primeiro dia: João Bigotte Chorão, membro do Conselho Consultivo da Fundação e Pedro Pestana de Vasconcelos, "Amigo da Fundação". 
A presente newsletter é-lhes dedicada.

JOÃO BIGOTTE CHORÃO (1933-2019): 
Não consigo precisar quando o conheci mas lembro com nitidez a sua ternura e generosidade, o seu sorriso e a paz que emanava, o seu ritmo pausado de falar e de estar, a sua inteligência e humildade, a amizade que sempre demonstrou pelos membros da minha família e por mim.
Tinha se
mpre com uma história para contar, gostava de ensinar, de escrever cartas.

Embora envolvido na direcção e em actividades promovidas por instituições como o Círculo Eça de Queiroz, o Centro Nacional de Cultura, a Verbo ou a Fundação António Quadros, tinha os seus próprios projectos, os seus livros, o "seu" Camilo, o "seu" Eça, os seus ensaios, e connosco partilhava o seu saber.

À querida Maria José que, depois de 50 anos de casamento, perdeu o seu maior amigo e ao Pedro, seu filho, os meus sentidos pêsames em nome pessoal, da família Quadros Ferro e da Fundação António Quadros.


PEDRO PESTANA DE VASCONCELOS (1925-2019): Conheci Pedro Pestana de Vasconcelos muito superficialmente em 1980 quando era Provedor da Misericórdia mas foi a partir de 2004, enquanto Provedor da Irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa a que aderi no mesmo ano que realmente o conheci. Integrámos juntos desde 2005 e durante alguns anos a Mesa Administrativa da Irmandade. Desde 2004 que tem estado ao meu lado e representado para mim um pilar espiritual, um exemplo a seguir, uma inspiração. E isso não mudou depois da sua morte, nem mudará jamais.


   

À família e amigos de Pedro Pestana de Vasconcelos, aos Irmãos da Irmandade da Misericórdia e de São Roque, os meus sentidos pêsames, em nome pessoal, da família Quadros Ferro e da Fundação António Quadros.

A Faculdade de Letras da Universidade do Porto completa 100 anos de vida e, em celebração, as «Tertúlias da Cultura Portuguesa» dedicam-lhe a próxima sessão, a realizar 
no próximo dia 30 de Março, às 14.30, no Palacete dos Viscondes de Balsemão, no Porto.  Participação de José Valle de Figueiredo e Samuel Dimas. Não falte.


Lembrando António Quadros, 26 anos depois da sua morte...

Livraria António Quadros, promoção do mês:
António Quadros: obra, pensamento, contextos.

 
01 O ADEUS A JOÃO BIGOTTE CHORÃO
por Mafalda Ferro

 

João Bigotte Chorão foi estimado e admirado por quatro gerações da família Quadros Ferro, às quais, em 2009, se juntou a Fundação António Quadros.

Registando esta amizade, a Fundação preserva no seu acervo documental, correspondência sua e artigos como Para um retrato de António Ferro, por João Bigotte Chorão e, na biblioteca, 
obras de Bigotte Chorão como: - João de Araújo Correia, um clássico contemporâneo- O Escritor na Cidade- Carlos Malheiro Dias na ficção e na história- Carlos Malheiro Dias, 1875-1941: O sobrevivente de si próprio (separata), com dedicatória manuscrita Ao meu querido Amigo António Quadros, esta simples lembrança de alguém que honra mais do que o ofício, a condição do escritor português, com os cumprimentos do seu m.to grato João Bigotte Chorão. Lx. Maio de 92.; - Camilo. A Obra e o Homem, com dedicatória manuscrita Ao escritor António Quadros, que enriqueceu esta colecção com um excelente Fernando Pessoa e defende os valores humanistas contra todas as formas de desumanização da Arte, homenagem muito grata de João Bigotte Chorão. Lx.ª, Nov. de 79; - Páginas Camilianas e outros temas oitocentistas, com dedicatória manuscrita A António Quadros, defensor incansável da nossa identidade, estas páginas sobre aquele que é talvez o mais português dos escritores portugueses, com a grande admiração de João Bigotte Chorão. Lx., 5 de Junho. No centenário de Camilo.

Em Março de 2003, dez anos depois da morte de António Quadros, João Bigotte Chorão escreveu-lhe uma carta "para além do tempo" cujo conteúdo corresponde exactamente ao que sinto hoje face à sua partida:


[...] sentimos a ausência do homem convivente e cordial, que lançava pontes onde outros parecem fazer gala em cortá-las. Firme nas suas convicções, não recusava a mão a quem pensava de modo diferente do seu. [...] que poderei acrescentar? Apenas palavras afectuosas de despedida, com a esperança de um reencontro não sei onde nem sei quando.

 
Em 2010, escreveu-me:

Com um abraço, estas breves linhas sobre o seu Pai:
Poucos autores nos convidaram tanto como António Quadros a repensar Portugal. Pensador português e de Portugal, sondou as nossas raízes e interrogou o mistério e os mitos da nossa condição lusíada. Não se enredou em jogos dialécticos em que se comprazem intelectuais brilhantes mas estéreis. Não fez frases - fez uma obra. Foi mais sério do que lúdico. E homem de cultura, distinguiu-se também pela acção cultural, promovendo muitas iniciativas: jornais, revistas, colóquios, institutos. E em todas as circunstâncias, sempre optimista e cordial. João


Adeus, João, querido amigo, espero que aí onde está continue, com a minha avó Fernanda, a escrever "cartas para além do tempo", um género literário que ambos tanto apreciavam. Tenho pena que ela já cá não esteja para lhe escrever uma como a que o João lhe escreveu no dia 10 de Dezembro de 1989 quando celebrou 70 anos de poesia, ou como as que escreveu "para além do tempo" ao meu pai e, também ao meu avô António Ferro.
Orgulho-me muito da amizade que sempre me demonstrou e agradeço o apoio que, desinteressadamente sempre concedeu à Fundação.
Mafalda
Rio Maior, 7 de Março de 2019

O nome de João Bigotte Chorão ficará para sempre associado à Fundação António Quadros e integra, juntamente com Ernâni Lopes, Fernando Guedes, Maria José Nogueira Pinto e Paulina Ferro, o grupo dos Conselheiros Perpétuos da Fundação António Quadros.

 
02 VOTO DE PESAR PELO FALECIMENTO DE PEDRO PESTANA DE VASCONCELOS
por Assembleia da República


ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, Voto de Pesar n.º 735/XIII/4ª: 
No passado dia 6 de Fevereiro morreu o Senhor Dr. Pedro António José Bracourt Pestana de Vasconcelos. Nascido em Lisboa a 27 de Junho de 1925, licenciado em Direito e jurista de profissão, Pedro Pestana de Vasconcelos foi fundador do CDS em 1974 e do Instituto Democracia e Liberdade em 1975. Foi Deputado pelo CDS nas primeiras três legislaturas, partido de que foi ainda dirigente, secretário-geral e presidente da mesa do Congresso.

Nos múltiplos cargos e funções em que serviu quer no sector privado, quer no sector público, nomeadamente na administração RTP ou como presidente do Fundo de Turismo de Portugal, deixou um legado de seriedade, empenho e credibilidade.

Dedicado ao apoio aos que mais necessitam, foi-se empenhando no sector social, tendo sido Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Nesta instituição multissecular, Pedro Pestana de Vasconcelos empenhou-se no melhoramento da lei aplicável, na estabilidade financeira da instituição, nos quadros e estatuto do pessoal e no património e instalações, tendo iniciado cooperação com inúmeras instituições de solidariedade social. Foi presidente do Conselho Superior de Acção Social, presidente do Conselho Geral do INATEL, e, já nesta última década, Irmão Provedor da Irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa.

Aqueles que tiveram o privilégio de com ele privar, reconhecem-no como um homem bom e recto. De um carácter elevado e raro, era atento aos outros e sempre disponível para ajudar.

Reunidos em Sessão Plenária, os Deputados à Assembleia da República manifestam à família e amigos de Pedro Pestana de Vasconcelos o mais sentido pesar pelo desaparecimento deste português dedicado ao País e ao próximo.

Palácio de São Bento, a 7 de Fevereiro de 2019,
As Deputadas e os Deputados, 
Assunção Cristas; Nuno Magalhães; Telmo Correia; Cecília Meireles; Hélder Amaral; Filipe Anacoreta Correia; João Almeida; João Rebelo; Pedro Mota Soares; Álvaro Castello-Branco; Ana Rita Bessa; António Carlos Monteiro; Ilda Araújo Novo; Isabel Galriça Neto; João Gonçalves Pereira; Patrícia Fonseca; Teresa Caeiro; Vânia Dias da Silva.

 
03 A MORTE DE PEDRO PESTANA DE VASCONCELOS
por Santa Casa da Misericórdia de Lisboa


A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa lamenta a morte do seu antigo Provedor, Pedro Pestana de Vasconcelos, que entre 1980 e 1983 esteve à frente da instituição, período esse em que, por inerência de funções, também foi membro do Conselho Municipal de Lisboa e presidente do Conselho Geral do INATEL.

Durante o seu mandato à frente da Misericórdia, Pedro Pestana de Vasconcelos deu um contributo muito importante para fazer da Instituição aquilo que ela é hoje, ao centrar a sua estratégia em quatro domínios fundamentais para a Santa Casa: lei aplicável, estabilidade financeira, quadro e estatuto do pessoal e instalações. Além destas áreas, o então provedor empenhou-se também na cooperação com inúmeras instituições de solidariedade social, na criação e reorganização de serviços nas áreas da Acção Social e da Saúde e na necessidade da valorização do património mobiliário e imobiliário da Santa Casa.
Pedro Pestana de Vasconcelos, nascido em Lisboa a 27 de Junho de 1925, faleceu esta quarta-feira, 6 de Fevereiro, dedicou uma parte da sua vida às Obras Espirituais da Misericórdia, primeiro como Provedor da Santa Casa, e depois como Irmão Provedor da Irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa, cargos que desempenhou de forma empenhada e apaixonada, sempre a pensar no próximo e naqueles que mais precisam.
Advogado de formação, o antigo Provedor teve uma forte participação cívica e política, ocupando diversos cargos ligados à causa pública e ao sector social, nomeadamente na presidência do Conselho Superior de Acção Social entre 1984 e 1991.
É com profundo pesar que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa endereça sentidas condolências à família de Pedro Pestana de Vasconcelos.

 
04 ANTÓNIO QUADROS (14.07.1923 / 21.03.1993), 26 ANOS DEPOIS DA SUA MORTE. POEMA BIOGRÁFICO 
por Mafalda Ferro

Apontamento biográficoComo se sabe, António Quadros e sua mulher tiveram três filhos, António Duarte (1952), Ana Mafalda (1953) e Rita Maria (1955) mas, o que poucos conhecem é que o casal teve também outros três filhos que morreram horas depois do nascimento: a primeira, uma menina, no dia 10 de Janeiro de 1949; o segundo, um rapaz, no dia 1 de Novembro de 1950; e a terceira, no dia 7 de Setembro de 1956, um mês depois da morte do pai de António Quadros.


Em 1949, com 26 anos, depois da morte da primeira filha, António Quadros publica Além da Noite. Poemas, com ilustrações de Manuel Lapa, dedicado «À minha mãe, ao meu pai e à minha mulher, três poetas na minha poesia». Na obra, pode ler-se o poema biográfico «VEM, NOITE» que dedica a sua mulher:

Vem, noite,
Vem docemente afagar a minha alma…
Que todo este horror desapareça!
Lágrimas, soluços, tristes e longos beijos,
A tua máscara fria, os teus olhos fixos
De quem viu a morte. Vem noite,
A minha filha morreu e eu quero dormir,
Quero sonhar com esses dias em que ignorava
A morte. Não chores, meu amor! Espera
Pela noite! Iremos os dois de mão dada
Pela estrada fora. Lá ao fim, a nossa filha
Aguarda-nos. Lá ao fim, a nossa filha sorri…Vem, noite,
Vem docemente afagar a nossa alma…
 
05  CONGRESSO INTERNACIONAL MULTIDISCIPLINAR IMPÉRIO E TURISMO.
Divulgação.


O Congresso Internacional Multidisciplinar Império e Turismo parte da necessidade de reflectir sobre o modo como a deslocação entre a metrópole e as ex-colónias inspirou o desenvolvimento de um turismo colonial que se desenvolveu em múltiplas e distintas vertentes. É que a “Era dos Impérios” foi a impulsionadora incontornável do desenvolvimento do turismo passando de um fenómeno maioritariamente europeu para um global. Esta questão relaciona-se igualmente com o tema das Fronteiras não só físicas mas também ideológicas uma vez que a Viagem Colonial se interligou com o Poder imperial instituído, pretendendo-se agora revisitá-lo à luz dos estudos pós-coloniais de que a época actual é herdeira. Partindo da crescente visibilidade do tema a nível internacional, e enquadrando-se o programa numa matriz sedimentada na História da Arte Contemporânea que tem em conta as especificidades da cultura nacional, propõe-se reflectir sobre a triangulação Viagem – Turismo Colonial – Cultura, feita não só a partir do contexto geopolítico europeu mas igualmente de perspectivas de uma mundivência autoral. 

ORADORES CONVIDADOS
Geoffrey Quilley. University of Sussex, Inglaterra; Sarah Ligner. Musée du quai Branly, França; Guilherme d’Oliveira Martins. Fundação Calouste Gulbenkian.

COMISSÃO DE HONRAAna Mendes Godinho, Secretária Estado do Turismo: Francisco Caramelo, Director da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; Fundação António Quadros; Guilherme d’Oliveira Martins, Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian; Maria Fernanda Rollo, Secretária Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Raúl das Roucas Filipe, Presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril.

COMISSÃO EXECUTIVAAna Paula Pires, Instituto História Contemporânea, Universidade Nova de Lisboa; Cândida Cadavez, Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril; Maria João Castro, Centro de Humanidades, Universidade Nova de Lisboa.

COMISSÃO CIENTÍFICAAlexandra Ai Quintas, Universidade de Lisboa; Alice Faria, Universidade Nova de Lisboa; Ana Duarte Rodrigues, Universidade de Lisboa; Ana María Fernández García, Universidad de Oviedo; Ana Paula Pires, Universidade Nova de Lisboa e Stanford University; Cândida Cadavez, Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril; Cristina Azevedo Tavares, Universidade de Lisboa; Eduarda Rovisco, Instituto Universitário de Lisboa; Geoffrey Quilley, University of Sussex; Helena Souto, Universidade Europeia; Maria Alexandre Lousada, Universidade de Lisboa; Maria João Castro, Universidade Nova de Lisboa; Paula André, Instituto Universitário de Lisboa; Pedro Lapa, Universidade de Lisboa; Rogério Miguel Puga, Universidade Nova de Lisboa; Teresa Malafaia, Universidade de Lisboa

DATA e LOCAL

Dia 3 de Abril, Universidade Nova, Lisboa, Portugal, Av. Berna 26 - Room 0.06 (Level 0), Room Multiusos 2 (Level 4), Building I&D. Mais informações em: www.fcsh.unl.pt/artravel

PROGRAMA

09:00 – Registration and Information Desk
09:30 – Maria João Castro. CHAM-NOVA/FCSH. Candida Cadavez ESHTE / IHC- UNL/CiTur, Chair and Introduction.
09:45 – Guilherme d’Oliveira Martins (FCG) - Do “Grand Tour” aos exploradores modernos.
10:00 – Rui Zink (NOVA/FCSH), Desculpe, não vi.
10:20 – Emília Ferreira (MNAC), Entre ilhas e piratas. Abordagem ao lado b do pensamento imperial
10:40 – Eunice Duarte; Fernando Vasques Felizardo. Universidad de Sevil, À descoberta do Império Colonial Português. Do passado ao presente.
11:00 – Coffee break
11:15 – Chair: Candida Cadavez. ESHTE / IHC-UNL/CiTur / Francisco Silva. CiTur/ESHTE; CEG/ULisboa, Turismo em Angola: Desenvolvimento sustentado do Parque Nacional do Iona
11:30 – Nuno Abranja (CiTur/ISCE-CI/Instituto Superior de Ciências Educativas), Turismo e cooperação: factores essenciais para potenciar o desenvolvimento de um turismo colonial.
11:45 – Alexandre Ramos (CIDEHUS), Angola Pullman e outras viagens cinematográficas nos Caminhos de Ferro de Benguela.
12:00 – Célia Reis (IHC- NOVA/FCSH), Propostas Turísticas em Macau no primeiro quarto do século XX.
12:15 – Joana Lucas (CRIA-NOVA/FCSH), Império e Turismo: a “missão civilizadora” francesa entre as colónias e a metrópole.
12:30 – Vítor Sá (Universidade de Aveiro), As colónias portuguesas e o turismo: a visão dos guias de turismo.
12:45 – Sílvia Espírito-Santo (Universidade Minho), O 1.º Cruzeiro de Estudantes às Colónias (1935) – “uma excursão onde havia de tudo”.
13:00 – Lunch break 
15:30 – Chair: Maria João Castro (CHAM-NOVA/FCSH) / Geoffrey Quilley (University of Sussex), Empire and Tourism in British India c. 1780-1825: The Artistic Travels of William Hodges and Charles Ramus Forrest.
16:00 – Sarah Ligner (Musée du Quai Branly), Participations des Artistes à l’image touristique de l’empire colonial français.
16:30 – Monica Palmeri (Università degli Studi della Tuscia, Viterbo), A “truly Italian” colony: the promotion of tourism during the Italian Fascist dictatorship.
17:00 – Coffee break
17:20 – Pieter François (University of Oxford), Demetrius Boulger and how the debate on Leopold II’s rule of the Congo Free State changed British perceptions of Belgium.
17:40 – Maria Fernanda Rollo (IHC-NOVA/FCSH).
17:50 – Francisco Caramelo (Director NOVA/FCSH).
18:00 – Congress Close.

 
06 CURSO DE INICIAÇÃO À APICULTURA 2019.
Divulgação.


CURSO:
Iniciação à Apicultura, em 4 tempos nos dias 24 de Março, 7,14 e 21 de Abril.
DESTINATÁRIOS: Todos os interessados nos princípios teórico­práticos da apicultura
CONTEÚDOS: Legislação; Higiene, saúde e segurança no trabalho apícola; Materiais e equipamento; Instalação do apiário; Flora apícola; Biologia apícola; Povoamento da colmeia; Prevenção da enxameação e desdobramentos; Sanidade e nutrição das abelhas; Trabalhos de manutenção.
HORÁRIO: Das 9:30h – às 17h.
CUSTO: 60€ | 50€ (para associados).
PROMOÇÃO: Cooperativa Terra Chã.
LOCAL: Cooperativa Terra Chã, em Chãos (Alcobertas, freguesia de Rio Maior): formação em sala e em apiário.
INSCRIÇÕES: 962280252 | apicultura@cooperativaterracha.pt.

 
07 GAGO COUTINHO, 150 ANOS DEPOIS DO SEU NASCIMENTO,
por Mafalda Ferro

 

No âmbito da temática do Prémio António Quadros em 2019, o Empreendedorismo, a Fundação vai referir todos os meses na sua newsletter, um figura portuguesa que se tenha destacado pelo seu empreendedorismo.

A personalidade que hoje se destaca é Carlos Viegas Gago Coutinho, mais conhecido, simplesmente, por Almirante Gago Coutinho, nascido há 150 anos, no dia 17 de Fevereiro e desaparecido há 60 anos, no dia 18 de Fevereiro.


Gago Coutinho nasceu no ano de 1869 em Lisboa na Calçada da Ajuda n.º 27, casa onde, em 1952, por iniciativa do Almirante Américo Tomás, foi colocada uma placa comemorativa.


Com 17 anos entrou para a Escola Naval que viria a terminar em 1888, ano em que embarcando na corveta «Afonso de Albuquerque» iniciou a sua carreira.


Oficial da Marinha Portuguesa, geógrafo e cartógrafo, navegador, aviador e historiador, Gago Coutinho é sobretudo lembrado por ter efectuado com Sacadura Cabral (autor da ideia) a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, no hidroavião «Lusitânia» em 1922.

O «Lusitânia» partiu de Lisboa a 30 de Março de 1922 embora, por questões técnicas, a viagem tenha terminado a bordo do «Santa Cruz», no Rio de Janeiro a 17 de Junho de 1922. O tempo de voo foi de 62 horas e 26 minutos.

Gago Coutinho foi uma das mais notáveis e empreendedoras figuras da nossa História, mais precisamente da História da Aviação mas, não apenas de Portugal já que o sextante que inventou e utilizou na famosa travessia de 1922 viria a servir de inspiração ao astronauta da NASA John Glenn para criar o sextante por ele utilizado em 1962 durante o primeiro voo orbital norte-americano, a bordo da cápsula espacial Friendship 7.


No Rio de Janeiro, Gago Coutinho foi convidado por António Ferro para, em Agosto, testemunhar o seu casamento por procuração com Fernanda de Castro; Gago Coutinho deslocou-se ao Consulado de Portugal e assinou a procuração que, transmitida telegraficamente em cifra, permitiu o casamento de Fernanda de Castro na Igreja de Santa Isabel em Lisboa.


Gago Coutinho e Sacadura Cabral, que acabavam de atravessar o Atlântico nas condições que todos conhecem, eram naquele momento os ídolos, os deuses de portugueses e brasileiros. (Abro um parênteses para recordar aquela manhã triste e nevoenta em Ostende, na Bélgica, onde na praia contemplei com tristeza os destroços do avião de Sacadura Cabral, depois do desastre que lhe custou a vida, e ainda o momento em que debaixo de chuva eu recolhi uma pequena peça, um pequeno tampão de ferro pintado de cinzento, que ainda hoje conservo. Miserável fragmento daquele pássaro desmantelado, com as asas desfeitas pelo vento da desgraça.

Fernanda de Castro em Ao Fim da Memória I. Memórias, 1906-1939.

 

Legendas (em cima):
01Banquete de despedida em honra de António Ferro, prestes a partir para o Brasil. Reconhece-se na imagem, António Ferro, Filomeno da Câmara e Gago Coutinho;
02 - Nota de 20$00, 1978 (frente e verso).
 

Legendas (à esquerda):
03 - Paris, Julho de 1937, postal de António Ferro e Gago Coutinho para Fernanda de Castro;
04 - António Ferro e Gago Coutinho, [s.d.].

Gago Coutinho tem presença na Fundação António Quadros pois, embora com percursos profissionais diferentes, Ferro e Coutinho continuaram a manter uma relação de amizade e a corresponder-se como se comprova na correspondência do aviador para António Ferro e também para Fernanda de Castro preservada na Fundação: postais ou extensas cartas enviadas de Lisboa, Nova Iorque, São Francisco, Rio de Janeiro ou Paris. O mesmo acervo guarda ainda muitos outros elementos como:

- Carta para António Ferro do Vice-Cônsul de Portugal em Ostende e, ainda, o relatório do Capitão P. Martinsen.

- Manuscrito de Gago Coutinho «Nota acerca do monumento ao Infante D. Henrique» assinado e datado, Outubro de 1939.
- Medalha produzida pela Aeronáutica Naval em 1947, comemorativa do 25.º aniversário da primeira travessia aérea do Atlântico Sul por Gago Coutinho e Sacadura Cabral.
- Obra de Jorge M. Ramos Pereira «Gago Coutinho geógrafo», da Colecção Educativa, série R, n.º 03. Lisboa: Ministério da Educação Nacional, 1973.
- Primeiro número da revista «O Mundo Português», de Janeiro de 1934, dirigida por Augusto Cunha, em que além das colaborações de Alberto Osório de Castro, João de Azevedo Coutinho, Camilo Pessanha, Teófilo Duarte, José Ferreira Martins e Diogo de Macedo, consta também o capítulo «Monumentos: impressões pessoais» por Gago Coutinho.
- Recorte de imprensa António Ferro analisa o desaparecimento do avião de Gago Coutinho e Sacadura Cabral, 1924.

 
08 A LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES DE ECONOMIA SOCIAL E SOLIDÁRIA..
Divulgação.


ENCONTRO
«A liderança nas Organizações de Economia social e solidária». Divulgação.

LOCAL: Cooperativa Terra Chã.

DATA: 16 de Março de 2019.

INSCRIÇÕES: Até 11 de março em https://www.redpes.pt/eventos/ 14,00 e/ almoço.

PROGRAMA

09.00 – Recepção.
09.30 – Abertura.
10.00 – Debate em Grupo Café: A liderança nas organizações.
11.00 – Mesa redonda: Questionamento a dirigentes de org. de ESS,
por António Frazão (Cooperativa Terra Chã), Jorge Gonçalves (Cooperativa Integral Minga), Maria José Figueiredo (Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior).
13.00 – Almoço
14.30 – Mesa Redonda: Análise crítica da liderança em org. de ESS.
16.30 – Que lideranças? Para que organizações? por Luciane Santos (EcoSol/CES da U. Coimbra).

 

ORGANIZAÇÃO: Amigos de Aprender; Fundação João XXIII; Casa do Oeste; CDC Landal; Cooperativa Terra Chã.

COLABORAÇÃO: REDPES - Rede Portuguesa de Economia Solidária.

 
09 LIVRARIA ANTÓNIO QUADROS
Promoção do Mês.

TÍTULO:
António Quadros: obra, pensamento, contextos.
DESCRIÇÃO: Actas do Congresso Internacional que, com o mesmo nome, foi realizado em Lisboa e no Rio de Janeiro pela Universidade Católica de Lisboa; Fundação António Quadros; Real Gabinete de Leitura do Rio de Janeiro, em 2013.
COORDENAÇÃO: Manuel Cândido Pimentel; Sofia Carvalho.
EDIÇÃO – Lisboa: Universidade Católica Editora, 2016.

PVP até 14 de Abril de 2019:
12€ - PVP a partir de 14 de Abril de 2019: 16€.
 
 
     
 
Apoios:
 
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