Ao António Quadros e a sua mulher, com afecto. Em geral estes são livros de memórias - os mais difíceis porque elas só se escrevem bem quando já esquecemos. Agustina Bessa-Luís. Est., Set. de 1964.

em "As Relações Humanas. Os Quatro Rios", Lisboa: Guimarães Editores, 1964.

A obra de Agustina Bessa-Luís, por exemplo, é paradigmática de uma nova abordagem da ficção, e é-o tanto mais quanto não resulta de uma elaboração intencional. Diga-se em abono da escritora portuguesa que a espontaneidade é a melhor garantia da autenticidade dos seus romances singulares, invulgares, bizarros, que por um lado aniquilam o respectivo género literário no módulo fundamental da sua estrutura, uma literatura fiel à estrutura do género narrativo ou romanesco, mas por outro lado representam a actualização de um veio peninsular bifacetado.

A sua arte é muito portuguesa, pelo húmus cultural, étnico e psicológico em que assenta, como escrevi desde 1954, quando da publicação de A Sibila; é mesmo, dir-se-ia, o último estádio, o dos fastos da decadência, de um barroquismo que extravasa no estilo e na forma de todos os limites possíveis, ao sobrepujar, quase ao afogar a estrutura lógica dos seus romances com os ornatos rococó, as opulências Belle Époque, os arabescos arte nova em que se compraz ludicamente, com extravagância e génio inventivo.

Grandes pensadores portugueses falam pela voz de Agustina Bessa-Luís, como Camilo Castelo Branco, um pouco Raul Brandão, principalmente Teixeira de Pascoaes, sem esquecer alguns ecos de Mário de Sá-Carneiro, mas o veio pícaro da sua ascendência zamorana materna, retira-lhe a seriedade metafísica que aqueles mestres lhe teriam podido transmitir. A inspiração pícara é um sopro burlesco e amargo de cepticismo quanto aos homens e quanto à vida. Aponta o lado visível do ideal, os pés de barro do sistema, a caducidade de tudo quanto parece essencial, sólido, verdadeiro, o que leva o escritor de volta a si próprio, já que o eu ou o ponto de vista da subjectividade se torna a única realidade tangível.

Há nos livros de Agustina páginas descritivas, empolgantes, onde uma matéria social, ambiental, geográfica, histórica, é sugerida com agudeza e com intenções por vezes muito fundas mas é sempre uma arte de refracção, de distorção, porque toda essa matéria, reinventada, alquimicamente desfeita e refeita, é unicamente um meio óptimo para a projecção do seu mundo interior, para o exercício da sua imaginação, para a expressão da sua originalidade.

As suas biografias, por exemplo, são significativas dessa inaptidão, aliás muito feminina, para sair de si própria. Nas mais recentes, Florbela Espanca, Fanny Owen, Camilo, são muito menos figuras reais biografadas do que novas personagens de Agustina Bessa-Luís, porque o que surge realçado, iluminado, vincado, são os traços familiares de uma galeria romanesca já extensa e densa, mas onde todos são parentes, porque todos são do seu sangue.

Fernando Pessoa faria ontem 131 anos (1888-1935) e continua a ser um dos nossos mais importantes e queridos poetas, sobre quem António Quadros, dez dias antes da sua morte, disse: Para eu dar o essencial de Fernando Pessoa, tenho que dar o essencial de mim. Se não, não chego lá. Às vezes, chego a pensar que o Fernando Pessoa é uma presença de que não me posso livrar. Foi o Fernando Namora que me convidou a escrever uma biografia de Fernando Pessoa para a Editorial Arcádia e, desde então, dá a impressão que se multiplicam as ocasiões para escrever sobre Fernando Pessoa.

Joaquim Pinto da Silva (JPS) nasceu no Porto e residiu mais de 30 anos na Bélgica onde foi funcionário europeu, alternando grande parte do seu tempo entre os dois países. Fixou-se agora no Porto, mantendo, no entanto, actividade cultural em Bruxelas e pela Europa.

Joaquim Pinto da Silva contribuiu activamente para a inauguração de uma estátua de Fernando Pessoa em Bruxelas, cerimónia realizada há precisamente 30 anos, no dia 10 de Junho de 1989 com o apoio da Fundação Eng. António José de Almeida (Porto) e da Associação Atlântida (Bruxelas) de que foi fundador também. A seu convite, António Quadros fez questão de estar presente e proferiu a "oração de sapiência" da cerimónia.

Tendo dirigido, desde 1999, uma livraria e editora portuguesa na Bélgica, a «Orfeu - Livraria Portuguesa e Galega», promoveu a cultura portuguesa e a cultura galega e estabeleceu, também, um ponto de encontro com outras culturas. 

No próximo dia 7 de Julho, Joaquim Pinto da Silva falará sobre estes temas na Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP), em Lisboa. 

Na passada semana, ainda em celebração do dia 10 de Junho, a Fundação António Quadros recebeu nas suas instalações um grupo de pensionistas da União Europeia, acompanhado por Joaquim Pinto da Silva que, enquanto membro do grupo "Amigos da Fundação António Quadros" está sempre disponível para, por diversas formas, apoiar esta nossa Instituição.

Considero-me um emigrante, como qualquer outro português que saiu de Portugal para trabalhar e residir no estrangeiro. O conceito de emigrante aplica-se também a todos os funcionários europeus. Joaquim Pinto da Silva.

O projecto “Euterpe revelada: as mulheres na criação e interpretação musical portuguesas nos séculos XX e XXI”) coordenado pela Professora Doutora Helena Marinho, em parceria com os Serviços da Biblioteca, Informação Documental e Museologia (SBIDM) da Universidade de Aveiro e com a colaboração da Fundação António Quadros tem como objectivo investigar e divulgar conceituadas compositoras portuguesas desconhecidas do público.

No âmbito deste projeto esteve patente uma exposição sobre a compositora e maestrina Elvira de Freitas com conteúdos pertencentes ao seu espólio e também do espólio de Fernanda de Castro e uma peça do acervo de Joaquim Domingos Capela.

A colecção de Elvira de Freitas é composta por partituras, correspondência, documentos de apoio ao ensino de música (monografias, provas de avaliação…), artigos de imprensa, apontamentos manuscritos (letras de canções, apontamentos sobre personalidades da área da música, outros apontamentos profissionais) e fotografias que se encontram à guarda dos SBIDM.

Como divulgado na nossa anterior newsletter, no passado dia 9 de Junho, domingo de Pentecostes, celebrou-se pela 29.ª vez a Festa do Espírito Santo na Arrábida, tenso sido dado especial destaque às figuras e obras de Frei Agostinho da Cruz, Agostinho da Silva, António Quadros e Dalila Pereira da Costa. A cerimónia, organizada por Maurícia Teles/ Associação Agostinho da Silva, contou ainda com a participação de Instituições como a Fundação António Quadros, Passado Vivo, Esgrima Sadina e, também, de representantes de grupos multiculturais.

As mais copiosas bênçãos do Céu sobre docentes e discentes do curso de pós-graduação em Ciências da Paz e sobre toda a comunidade académica da Universidade Lusófona 

(Papa Francisco, carta recebida da Secretaria de Estado do Vaticano no dia 9 de Abril de 2019.)

Como resposta ao apelo do Papa Francisco, e ao posicionamento recente de vários líderes religiosos e políticos, nomeadamente à Carta pela Compaixão de Karen Armstrong, ao Manifesto para uma ética planetária de Hans Kung e à Declaração de Abu Dhabi (assinada pelo Papa Francisco e pelo Grande Imã Ahmad Al-Tayyeb), a Universidade Lusófona avança com o Curso de Pós-Graduação em Ciências da Paz. Este curso, a funcionar em Lisboa na primeira semana de Julho deste ano, recebeu já o incentivo directo de Sua Santidade.

O Curso terá a duração de uma semana, em regime de ensino intensivo, e implicará a elaboração de um projecto. Para além de uma forte natureza interdisciplinar, o curso apresenta uma interacção específica entre a cultura humanista e a cultura científica.

A marca fundamental deste Curso será a do diálogo entre Religiões, mas também entre as dimensões culturais, políticas, económicas, jurídicas, educacionais e mediática, através do método da paz, como categoria resolutiva de dinâmicas de conflito que caracterizam a contemporaneidade, das grandes referências institucionais (nações, organizações internacionais...) ou das instâncias de proximidade (grupos, associações, movimentos ...).

Direcção do Curso: Luís Larcher / Paulo Mendes Pinto.

Destinatários: Licenciados em qualquer área científica; interessados, sem formação superior, com currículo compatível; membros de comunidades religiosas católicas, membros de comunidades cristãs, movimentos e grupos de inspiração cristã e de promoção do diálogo ecuménico e inter-religioso; membros das comunidades judaica e islâmica; membros de qualquer denominação religiosa; operadores culturais e cooperantes, membros de ONG, operadores, ou interessados, em políticas e programas de Peacekeeping, Peace-building e Peace-enforcement; agentes sociais, estudantes universitários.

Candidaturas: https://www.ulusofona.pt/pos-graduacoes/ciencias-da-paz

Para mais informações: creligioes@ulusofona.pt

Propina global: 600 Euros (em 3 prestações)

O Sal de Rio Maior  foi um dos vencedores da 2.ª edição do Prémio Cinco Estrelas Regiões, na categoria "Produtos Tradicionais Portugueses".

Guia de Percursos Pedestres da Lezíria do Tejo: O concelho de Rio Maior está presente com o PR4 "Rio Maior - De Chãos à Gruta".

Abertura da Época Balnear: Hoje, 14 de Junho, às 14h, o Complexo de Piscinas de Rio Maior inicia a sua época balnear com entradas gratuitas (apenas neste primeiro dia). Depois, até 31 de Agosto, as piscinas de lazer estarão abertas sete dias por semana, entre as 9.30h e as 19h. As piscinas de Rio Maior são uma excelente opção para os mais jovens, para grupos de amigos e para famílias.

Campo de Férias «DesmorCamp»: Entre os dias 24 de Junho e 9 de Agosto, de segunda a sexta-feira, a ocupação dos tempos livres das férias escolares contempla muitas actividades físicas e lúdicas, acompanhadas por monitores especializados.

Autoria: António Quadros.

Título: O Enigma de Lisboa. Ensaio de Psicologia e Psicografia de uma Cidade.

Capa: Um "olhar" da cidade por Maria Helena Vieira da Silva.

Edição (2.ª) – Lisboa: IADE, 2001. Brochado.

PVP até 14 de Julho de 2019: 5,50€ - PVP a partir de 14 de Julho de 2019: 7€.