No dia 26 de Setembro de 2012, em resposta ao projecto de decisão final, nos termos e para os efeitos do n.º 4 do artigo 5.º da Lei n.º 1/2012, de 3 de Janeiro”, a Fundação António Quadros escreveu ao Senhor Secretário de Estado da Administração Pública, Dr. Hélder Rosalino, informando que a decisão de reduzir 30% do total de apoios financeiros públicos recebidos, não se aplica à situação da Fundação António Quadros e que embora fosse importante e pertinente que a Fundação António Quadros recebesse um apoio financeiro público fixo, de facto, isso nunca aconteceu.
Referiu ainda que é muito importante que todas as acções e apoios recebidos pela Fundação António Quadros sejam claros e transparentes. Desde ontem que a Fundação está a ser contactada e questionada sobre se, de facto, recebe apoios financeiros públicos que nunca mencionou já que foi publicado o corte de 30% de uma verba que, por isso, se pressupõe fixa. 
A Fundação não recebeu ainda qualquer resposta a este ofício.

O Prémio António Quadros que distiguiu Lendas da Índia (Dom Quixote, 2011) do poeta e ficcionista Luís Filipe Castro Mendes, será entregue por Mafalda Ferro, presidente da Fundação, e por José Carlos Seabra Pereira, presidente do júri, às 18h do dia 14 de Novembro de 2012, no Palácio Foz, em Lisboa.

De acordo com os membros do júri, José Carlos Seabra Pereira, António Cândido Franco, Fernando J. B. Martinho, Nuno Júdice e Pedro Mexia, Lendas da Índia, inscreve-se no "horizonte de um diálogo de culturas, com aspectos relevantes do pensamento universalista e da abertura de espírito do patrono deste Prémio (...) dando prossecução a um trajecto literário de grande qualidade estética." Para o júri, Lendas da Índia versa sobre a identidade portuguesa "sem complexos históricos com o passado dos Descobrimentos." 

Luís Filipe Castro Mendes nasceu em 1950, em Idanha-a-Nova. Formado em Direito pela Universidade de Lisboa (1974), estreou-se em 1983 com o livro de poemas Recados. Em 1984 publica Areias Escuras e no ano seguinte regressa à poesia com Seis Elegias e Outros Poemas, galardoado com o prémio da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Publica ainda Ilha dos Mortos (1991), Viagem de Inverno (1993), O Jogo de Fazer Versos (1994), Modos de Música (1996), Outras Canções (1998), Poesia Reunida (1985-1999) (1999) e, Os Dias Inventados (2001).

O Prémio foi criado com o objectivo de evocar a obra e o pensamento de António Quadros (1923-1993) e distinguir, encorajar e divulgar o pensamento português nas suas múltiplas expressões e géneros, tarefa a que o pensador dedicou grande parte da sua actividade intelectual.

Luís Filipe Castro Mendes, sucede a Afonso Rocha que no ano passado recebeu o Prémio pelo seu ensaio Natureza, Razão e Mistério Para uma leitura comparada de Sampaio (Bruno).

Licenciado em Filologia Moderna pela Universidade de Nápoles, Luigi Panarese foi um destacado vulto dos estudos italianos luso-brasileiros do século XX, Em 1967, torna-se o primeiro tradutor de Pessoa em Itália, onde traduziu ainda obras de Jorge Amado, Luis Vaz de Camões, Teixeira de Pascoaes, António Gedeão, Camilo Pessanha, entre muitos outros.

Segundo Gaetano Chiappini, (Universidade de Florença), Gabriele Brustoloni e Patricia Ferrara, que amavelmente nos fizeram chegar uma carta sobre o Centenário do seu nascimento, Luigi Panarese foi, acima de tudo, um intelectual  "de grande honestidade e modéstia, ele sempre recusou reiterados convites para integrar instituições académicas ou de ensino superior, optando por uma vida mais sossegada que, a seu dizer, lhe permitia de consagrar-se totalmente às suas investigações e aos seus estudos preferidos no âmbito da cultura ibérica e ibero-anericana. Luigi Panarese nunca procurou, nem em Itália, nem em Portugal, os reconhecimentos a que ele teria direito."

Mais informações aqui.

No próximo dia 26 de Outubro, sexta-feira, realiza-se o terceiro encontro dos “Amigos da Fundação” com um jantar na antiga casa de António Quadros, na Rua João Pereira da Rosa, antiga Calçada dos Caetanos, hoje um restaurante de comida tradicional brasileira. Este encontro, realizado no Ano do Brasil em Portugal, é uma oportunidade para a Fundação agradecer o apoio dos seus “Amigos” e, também, para lembrar António Quadros na casa onde viveu com a sua família.
Depois do jantar, escutaremos a voz bem portuguesa de Gonçalo Lucena (e de quem mais se lhe quiser associar) que, ao som da sua viola, cantará música brasileira (ou outra).

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A Fundação tem estado a registar Ruas, Pracetas, Largos, Jardins, Travessas, etc., em Portugal e no estrangeiro, com o nome de António Quadros, António Ferro e Fernanda de Castro.
Nesse sentido, foram pedidas confirmações às Câmaras Municipais mas precisamos também da sua ajuda. Se tem conhecimento de outro caso, se tem dados para rectificar a informação que hoje publicamos, se conhece as circunstâncias que envolvem a atribuição destes nomes, por favor contacte-nos através do geral.faq@gmail.com

Até agora localizámos:

01 Praceta António Ferro: Nova Oeiras.
07 Ruas com o nome Rua António Ferro: Buraca, Amadora; Custóias, Matosinhos; Estoril, Cascais; Portimão; Santa Felicidade, Curitiba, Brasil; S. Paulo, Brasil.
01 Rua Doutor António Ferro, Portalegre.
01 Rua António Gabriel de Quadros Ferro: Urbanização Casal da Boba, Amadora.
08 Ruas com o nome Rua António Quadros*: Almada; Barcarena; Carnide; Cascais; Charneca da Caparica; Oeiras; Sesimbra; Tondela, Viseu.
01 Jardim Fernanda de Castro: Encosta do Restelo.
01 Praceta Fernanda de Castro: Tapada das Mercês, Algueirão.
05 Ruas com o nome Rua Fernanda de Castro: Charneca da Caparica; Frei Aleixo de Baixo, Évora; Portimão;Porto Salvo, Oeiras; São Domingos de Rana.

Importante: * Existem ruas com o nome de António Quadros que se referem ao pintor António Quadros. Pensamos não ser o caso das que aqui identificamos mas esperamos ainda respostas ao nosso pedido de esclarecimento.

Enviámos à Comissão Municipal de Toponímia uma proposta, em nome da família de António Quadros e da Fundação António Quadros, para que, no âmbito das comemorações que se preparam para o dia 21 de Março de 2013 (20 anos depois da morte de António Quadros), a CML se associe a esta homenagem, descerrando uma placa na casa onde o pensador viveu desde o dia do seu nascimento até ao dia do seu casamento (1923-1947).
No edifício que referimos, foram já afixadas na fachada do edifício sete placas comemorativas pois aí viveram (alguns até ao dia da sua morte): António Ferro, Fernanda de Castro, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, José Gomes Ferreira, Bernardo e Ofélia Marques.