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Fundação António Quadros
Citacoes Imprimir e-mail


Nós somos a hora oficial do Universo: Meio-dia em ponto com o sol a prumo!Nós, 1921


Os homens públicos são aqueles que o público conhece menos.
Diário Íntimo, 1953


No meu teatro interior todas as peças caíram.
Saudades de Mim, 1953


Falhar é ter um ideal tão alto que não se atinge.
A Teoria da Indiferença, 1920 


Nunca discuto. Discutir seria duvidar de mim próprio.

A Teoria da Indiferença, 1920


Bem vêem: pertenço à era do combate e não  à do debate; à idade do duelo e não  à do diálogo; à geração da guerra e não à do cessar-fogo.
Conferência proferida no Porto, em 27 de Maio de 1989, no âmbito do colóquio «A Nação Portuguesa, Salazar e o Estado Novo»


O passado é mentira, o passado não existe, é uma calúnia…
Nós, 1922


A dança triunfa como nunca triunfou, porque a dança desarticula os corpos, emboneca-os, liberta-os do peso da vertigem, dançar é multiplicar-se, é ter um corpo em cada gesto e em cada frase, é fecundar-se a si próprio, gerar imagens da própria imagem, desenvolver-se como um filme, ser écran, ser intérprete e ser o drama…
A Idade do Jazz-Band, (1923) 


Morram! Morram vocês, ó etecetras da vida!
Nós, 1922


Quando outra glória não possua, possuo a glória de abdicar da própria glória…
Mar Alto, prefácio, 1923


A bondade das mulheres enternece mas não apaixona.
Conferência sobre Pina Menichelli, 1917


Só  o ódio de uma mulher consegue o amor de um homem.
Conferência sobre Pina Menichelli, 1917


A arte moderna é uma arte relâmpago, uma arte que estabelece telegrafia com as almas…
Batalha de Flores, (1923)


Os escritores em Portugal - já o disse - avaliam-se pelo peso, pelo peso das obras.  Os nossos escritores querem todos pertencer à categoria dos pesados. Obra com menos de trezentas páginas não dá direito à imortalidade.
(…)
A imortalidade! Que grande insónia…
Leviana, 1921


António Ferro: A ditadura é uma doutrina ou um castigo?
Mussolini: A ditadura não é um princípio nem um fim: é um sistema que corresponde a certas necessidades.
Viagem à  Volta das Ditaduras, 1927


Unamuno: Camões fez versos em espanhol…
António Ferro: …Mas escreveu ‘Os Lusíadas’ em português!
Prefácio da República Espanhola, 1933


O Espírito é o céu real do quotidiano: aquele a que podemos subir, de quando em quando, entre as nossas milhentas ocupações.
Prémios Literários, 1950


Política do Espírito é aquela que proclama, precisamente, a independência do Espírito, que o liberta da escravidão do materialismo titânico, insinuante, que pretende constantemente suborná-lo, embriagá-lo…
Prémios Literários, 1950


António Ferro: Conhece a frase de Pilsudski, do ditador polaco, sobre as violências da Ditadura portuguesa?
Salazar: Não me recordo…
António Ferro: «Abençoado país este Portugal que tem a sua Sibéria na ilha da Madeira…»
Salazar, 1933


Nós somos pura e simplesmente um órgão animador:  não consagramos, estimulamos.
Arte Moderna, S.N.I, 1948


- «Devemos ter andado dois quilómetros»  – tinha eu escrito ainda na primeira entrevista, atribuindo essa verificação a Salazar.
- «Três», emendou ele.
Salazar, Notas de Reportagem duma Reportagem, 1933


«O senhor Dr. Oliveira Salazar e o jornalista António Ferro estiveram ontem nesta região, tendo passado ambos na estrada que vai desta povoação à Lousã e que é cheia de encantos…»
«Curiosa nota regionalista», Notas de Reportagem duma Reportagem, Salazar, 1933


Não haja, portanto, o escrúpulo de mentir. Afastemo-nos o mais possível da verdade da Vida, porque é justamente ela que nos amargura a vida… E deixemos que a frase iluda, que a frase engane, que a frase minta como qualquer mulher…
As Grandes Trágicas do Silêncio, (1922)


Eu vivo a minha época como vivo a minha pátria, como vivo dentro de mim. A minha Época sou eu, somos todos nós, os minutos da hora, desta hora febril, desta hora dançada, desta Hora-Ballet Russe, em que os ponteiros do relógio ora são braços de mulher esguia, ora são pernas de bailarina magra dançando nos algarismos que, no mostrador, indicam as étapes do tempo, como se dançassem na neve - sob punhais…
Eu não compreendo, de modo algum, a saudade doentia das outras épocas, a nostalgia das idades mortas, certa ronda de fantasmas, lamurienta e sinistra que anda para aí - fox-trot de esqueletos mutilados…
Ter saudades dos séculos que morreram é ter vivido nesses séculos, é não ser de hoje e andar a fingir de vivo…
Idade do Jazz-Band, 1922


 «Com esta mania de exagerar em Arte o tédio que me toma…
Poema dum Indolente - Árvore de Natal, data?