António Ferro 1911 Frequenta o Liceu Camões, conhece Mário de Sá-Carneiro que abandona o liceu no mesmo ano da sua entrada. 1912 Publica Missal de Trovas, em colaboração com Augusto Cunha, seu grande amigo do liceu e futuro cunhado. 1913 No dia 2 de Março, António Ferro assina «Além-Poeta», poema ainda inédito, escrito em 5 folhas de papel, muito semelhantes às utilizadas por Sá-Carneiro. 1913/1918 Frequenta o curso de Direito na Universidade de Lisboa até ao quinto ano. 1914 Em Maio, a Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa iniciou uma tournée académica pelo sul do país dedicada às gentilíssimas damas d'esta linda terra em que António Ferro participou como actor, palestrante e autor de versos. Entre os seus colegas, contavam-se Azeredo Perdigão, Catanho de Meneses Júnior, Augusto Cunha, Aníbal Barbosa, Neves de Pina, Gomes da Costa, Amaral Barata, Pimenta de Castro e Gomes da Costa Oliveira. No dia 27 de Maio actuaram no Teatro Circo de Faro, no dia 28 no Cineteatro de Olhão, no dia 30 no Salão Portimonense. 1915 A convite de Fernando Pessoa, assume o cargo de editor dos dois números da revista «Orpheu». 1916 O grupo do «Orpheu» reúne amiúde no Rossio, no recentemente remodelado restaurante “Irmãos Unidos” pertencente ao pai de Alfredo Guisado. 1917 Profere a sua primeira conferência As Grandes Trágicas do Silêncio dedicada às três maiores artistas italianas do cinema mudo: Francesca Bertini, Pina Menichelli e Lydia Borelli. 1918 Faz a recruta em Penafiel de onde segue para Luanda, destacado como Oficial Miliciano. Publica O Ritmo da Paisagem, palavras para um poema sinfónico do Maestro Venceslau Pinto. 1918/1919 É promovido a Ajudante-de-campo do Governador-geral Filomeno da Câmara e, posteriormente, a Secretário-geral do governo da província de Angola. 1919 Concretiza a ideia existente desde 1890, de se criar em Luanda o Liceu Salvador Correia, tendo apresentado ao Conselho de Instrução uma proposta, nesse sentido que foi aprovada por maioria. Volta a Lisboa e elege o jornalismo como sua actividade principal. Dirige «O jornal», órgão do partido republicano conservador. 1920 É enviado pel’«O Século» a Fiúme (Itália); escreve a sua primeira grande reportagem internacional, registo da libertação da cidade pelo poeta Gabriele d’Annunzio que, com meia dúzia de bravos voluntários, expulsa as forças aliadas e se instala no Palácio do Governo. Profere a conferência Colette, Colette/Willy, Colette. Publica Árvore de Natal; e Teoria da Indiferença. 1921 Integra o grupo inicial dos redactores do «Diário de Lisboa». Publica o manifesto Nós, que viria a representar a contribuição portuguesa para o modernismo brasileiro na semana de arte moderna em S. Paulo. Publica Colette, Colette/Willy, Colette; Leviana. Novela em fragmentos; Teoria da Indiferença. 1922 Dirige a «Ilustração Portuguesa». Escreve crítica teatral no «Diário de Lisboa. Parte para o Brasil. Casa com Fernanda de Castro. Apresenta a sua peça Mar Alto pela primeira vez, em São Paulo. Participa no movimento modernista, fruto da Semana de Arte Moderna em S. Paulo. Inicia uma digressão no Brasil proferindo conferências em São Paulo, Rio de Janeiro, Baía, Recife, Santos, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Campinas e Juiz de Fora. Publica Gabriele d’Annunzio e Eu. 1923 De regresso a Lisboa, Instala-se na casa da Calçada dos Caetanos, sua morada até morrer apesar dos tempos em que reside noutros países e integra o quadro redactorial do «Diário de Notícias», onde iniciará uma carreira de grande repórter internacional. Nasce o seu primeiro filho, António. Estreia em Lisboa, no Teatro de S. Carlos, a sua peça Mar Alto. Publica as suas conferências A Idade do Jazz-Band; e A Arte de Bem Morrer. Publica Batalha de Flores. 1923/1931 Como enviado especial do «Diário de Notícias», viaja por diversos países da Europa, nomeadamente Espanha, França, Áustria, Itália, Roménia, Turquia, entrevistando grandes nomes do panorama artístico, literário e politico. 1924 António Ferro assume a direcção literária do n.º 10 da revista «Contemporânea». António Ferro apresenta Almada Negreiros que lê a sua «Invenção de um dia claro» (obra publicada em 1921) na Liga Naval, numa quinta-feira, às cinco horas da tarde. Nesse mesmo ano, Almada oferece a António Ferro um exemplar de «A Invenção do dia claro» com dedicatória manuscrita de Almada-Negreiros: A António Ferro, ao artista ao camarada e ao colaborador d’esta conferência, aqui ficam a minha estima e reconhecimento pela significação da data da minha apresentação na Liga Naval onde sinceramente gostei da referência da terra de cegos e de tudo o mais que disse sobre a minha Arte. Shake hands! Lisboa, atrasado 1924. Almada. Publica a sua peça Mar Alto. 1925 Publica A Amadora dos Fenómenos que dedica à memória de Mário de Sá-Carneiro. Funda o «Teatro Novo» com a colaboração de Leitão de Barros e de José Pacheco. 1926 Como enviado especial do «Diário de Notícias», viaja por Itália onde entrevisya Mussolini pela segunda vez, Federzoni e Garibaldi; por Espanha; pela Áustria e pela Turquia. 1927 Nasce Fernando, o seu segundo filho. Viaja pelos Estados Unidos, nomeadamente, Nova Iorque, Boston, S. Francisco, Hollywood. Publica Viagem à Volta das Ditaduras. 1928 Por ocasião da Exposição do Livro Português em Madrid, profere a conferência «O Jornalismo Português» sobre o jornalismo moderno em geral e o português em especial. 1929 Enquanto enviado do «Diário de Notícias», participa no III Congresso Internacional da Crítica Dramática e Musical em Bucareste, Roménia; integra um grupo de jornalistas de Lisboa e do Porto que viaja a bordo do Nyassa inaugurando a linha de navegação portuguesa para o Brasil. Publica Praça de Concórdia. 1930 Publica Novo Mundo, Mundo Novo. Participa como representante oficial de Portugal no IV Congresso Internacional da Crítica Dramática e Musical em Praga. 1931 Publica Hollywood, Capital das Imagens. Funda e dirige o Sindicato Nacional da Crítica. Organiza o V Congresso da Crítica Dramática e Musical, em Lisboa. 1932 Estreia em Lisboa no Teatro da Trindade a peça O Estandarte. Realiza uma conferência sobre "Jornalismo Moderno" no Teatro Rosa Damasceno em Santarém. Publica cinco entrevistas a Salazar no «Diário de Notícias». 1933 Publica Salazar, o Homem e a sua Obra. Publica Prefácio da República Hespanhola. 1933/1944 Dirige o «Secretariado de Propaganda Nacional» (SPN). 1934 Cria os Prémios Literários do SPN. Devido às suas diligências e incentivo, e depois de várias peripécias, a Mensagem de Fernando Pessoa é premiada pelo SPN na categoria de “Poema ou poesia solta”. Participa no Convénio “Volta”, em Roma. Promove a “Quinzena Cultural” em Londres. 1935 Promove a “Quinzena Cultural” em Genebra. Convida um grupo de intelectuais estrangeiros a visitar Portugal. 1935/1950 Inaugura, sob a sua direcção, os Salões de Arte Moderna do SPN/SNI com a intenção de apoiar sobretudo os artistas de vanguarda. Inaugura e mantém em funcionamento nas vilas e aldeias de Portugal os Cinemas Ambulantes ou Cinemas Populares Ambulantes do SPN/SNI. 1936 Inaugura no Jardim da Estrela em Lisboa, o teatro ambulante Teatro do Povo. Participa em Paris no Ciclo de Conferências “Rive Gauche” no Théâtre du Vieux-Colombier - René Rocher. Publica o artigo “Quem protesta?” no “Diário da Manhã” contra o assassinato de Federico Garcia Lorca e dos demais intelectuais espanhóis que viria a receber a imediata adesão dos intelectuais, jornalistas e artistas portuguesas. 1937 Comissário-geral do Pavilhão de Portugal na Exposição Internacional de Paris, certame de “Artes e Técnicas na Vida Moderna”. Escreve (usando o pseudónimo “Jorge Afonso”), em colaboração com António Lopes Ribeiro (com o pseudónimo “Baltasar Fernandes”) o argumento do filme A Revolução de Maio que estreia no cinema Tivoli e passa depois na Exposição de Paris. 1938 Realiza o Concurso da Aldeia Mais Portuguesa de Portugal cujo troféu, o “Galo de Prata”, entrega a Monsanto no ano seguinte. 1939 Alto-Comissário dos Pavilhões de Portugal nas Exposições Internacionais de Nova Iorque e de São Francisco, sob o tema «O Mundo de Amanhã». Inaugura o primeiro dos postos fronteiriços de turismo, em Vilar Formoso. 1940 Secretário-geral da Comissão Nacional dos Centenários, 1140. Concebe o Grupo de Bailados Verde Gaio segundo o modelo dos Bailados Russos, de Diaghilev, estreia no Teatro da Trindade. Inaugura o Círculo Eça de Queiroz, no Largo Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa. Cria as Brigadas de Turismo, cada uma constituída por um arquitecto, um decorador e um funcionário do Turismo. 1941 Presidente da Direcção da Emissora Nacional. Cria, na Emissora Nacional, o Gabinete de Estudos Musicais, os Jogos Florais. Concebe e publica Cartilha da Hospedagem Portuguesa – Adágios novos para servirem a toda a hospedaria que não quiser perder a freguesia. Os desenhos são de Emmérico Nunes e os versos de Augusto Pinto. Publica Homens e Multidões. Cria Panorama, Revista Portuguesa de Arte e Turismo, editada pelo SPN/SNI. 1941/1949 Dirige Panorama, Revista Portuguesa de Arte e Turismo, editada pelo SPN/SNI. Inicia os Concursos de Estações Floridas, promovidos pelo SPN/SNI. Assina, com Lourival Fontes, o «I Acordo Cultural Luso-Brasileiro». 1942 Cria uma Secção Brasileira do SPN. Inaugura no Rio de Janeiro a Exposição do Livro Português e, também, a livraria “Livros de Portugal”. 1942/1948 Inaugura as Pousadas de Elvas, no Alentejo; de S. Gonçalo, na Serra do Marão; de Santo António-Serém, no Vale do Vouga; de S. Martinho, em S. Martinho do Porto; de São Brás de Alportel, no Algarve; de Santiago, em Santiago do Cacém; de S. Lourenço, na Serra da Estrela. 1942/1950 Edita e dirige em Portugal a revista luso-brasileira Atlântico. 1943 Inaugura a exposição de Arte Popular Portuguesa em Madrid, com a colaboração de Jorge Segurado, Tom, Guilherme Pereira de Carvalho, entre outros. Publica Dez Anos de Política do Espírito 1933-1943. 1944 Inaugura a Feira do Livro de Madrid. Conversa com Salazar que o informa de que “o Conselho de Ministros deu-me conta de um decreto em que se criava o Subsecretariado da Informação e da Cultura Popular compreendendo a Propaganda, a Radiodifusão Nacional, a Censura, o Turismo e as Exposições Nacionais e Internacionais e a Inspecção dos Espectáculos e os Teatros do Estado”. Apesar desta vontade do governo, o «Secretariado de Propaganda Nacional» é remodelado, passando a intitular-se «Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo (S.N.I.)» alargando assim a sua actividade e as suas responsabilidades. Início do processo de restauro e adaptação do Palácio Foz sobre planos do Arquitecto Luís Benavente. 1944/1949 Dirige o recém-criado «Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo», em substituição do «Secretariado de Propaganda Nacional». 1945 Dá início às Bibliotecas Ambulantes do S.N.I., bem como aos Salões de Arte Moderna dos Artistas do Norte. Inaugura a Delegação do S.N.I. no Porto. 1946 Encerra as Comemorações do Centenário de Eça de Queiroz, por si iniciadas no ano anterior. Entrega os Prémios do Cinema Português. Organiza a exposição «Catorze Anos de Politica do Espírito. Apontamentos para uma exposição». 1947 Morre Augusto Cunha, o seu maior amigo desde 1910, sempre ao seu lado e, desde 1919, marido da sua irmã Umbelina. Entrega os Prémios “Teatro Ligeiro”, de 1945/1946. Em Março, assina o auto da entrega do Palácio Foz, ao SNI e, em Setembro, inicia o processo de transferência dos serviços do SNI, de São Pedro de Alcântara, para o Palácio Foz. 1947 (um esclarecimento) Conversa com Caeiro da Matta que lhe assegura que se um dia tornar a ser Ministro dos Negócios Estrangeiros, o nomeia para Paris”. No dia 2 de Abril, Fernanda de Castro escreve a Salazar solicitando-lhe que permita a transferência do marido para Paris, cidade que Ferro considera a sua segunda pátria, sugestão a que Salazar responde, no dia seguinte, propondo Berna ou Buenos Aires, em alternativa a Paris. Nos dias 1 e 2 de Junho, escreve no seu diário “Falei de manhã ao Dr. Salazar. Audiência sensacional para mim, pois foi nela que pus claramente, sem reticências nem complexos, o problema da minha ida para fora. […] Salazar disse-me, por fim, na conversa memorável e decisiva: Berna parece-me bem para si”. E, depois de uma hesitação: E Bruxelas também. Respondi: “Não desgosto de Berna se bem que Bruxelas tenha para mim um atractivo… “Bem sei - concluiu – a proximidade de Paris”. […] E esclareceu: Eu já disse ao Dr. Caeiro que lhe reservasse um desses postos e que na primeira oportunidade o mandasse para Paris.” 1948 Angaria os fundos e cria condições para a criação da Cinemateca Nacional (Cinemateca Portuguesa) que, integrada na estrutura do SNI, tem o objectivo de reunir, tratar e preservar o acervo produzido pelo SPN/SNI. Publica Catorze Anos da Política do Espírito, Apontamentos para uma Exposição; Pousadas do S. N. I. Cria o Museu do Povo - Museu de Arte Popular que dedica “Ao Povo Português – Autor deste Museu”. 1948/1950 Publica na série “Politica do Espírito”, edições SNI, um conjunto de obras de sua autoria: Apontamentos para uma Exposição; Arte Moderna; Artes Decorativas; Eça de Queiroz e o Centenário do seu Nascimento; Estados Unidos da Saudade; Imprensa estrangeira; Jogos Florais; Museu de Arte Popular; Panorama dos Centenários 1140-1640; Turismo Fonte de Riqueza e de Poesia; Prémios Literários 1934-1947; Problemas da Rádio; Sociedades de Recreio; Teatro e Cinema 1936-1949. 1949 Em Paris, os Bailados Verde-Gaio actuam no Théâtre des Champs-Elysées; apresenta Amália Rodrigues aos parisienses no Chez Carrère, na Casa de Portugal e no Maxims. É nomeado para o posto diplomático de Ministro de 1.ª classe, colocado na Legação de Portugal em Berna, na vaga deixada em aberto por César Sousa Mendes que havia atingido o limite de idade. 1950/1953 Ministro de Portugal em Berna: exerce uma acção cultural em prol da cultura portuguesa na Suíça, organizando conferências e exposições em Berna, em Genebra, etc. 1951 Organiza um “Concerto de Artistas Portugueses” na Legação de Portugal em Berna. Organiza a projecção do filme de Leitão de Barros “A vida de Camões” e do documentário “Sintra” no cinema “Victoria”, Moserstrasse, 26, Berna. Assume a vice-presidência do Bureau International de Education. Organiza a exposição de pintura “Lisbonne aux mille couleurs” de Carlos Botelho. 1952 Organiza na Legação de Portugal um recital de Amália Rodrigues. Organiza a Festa do Cinema Nacional no Cinema Vitória, com uma conferência de Gonzague Reynolds. Promove na Legação “Un soir au Portugal”, inaugurando a “Casa Portuguesa” decorada por Paulo Ferreira. 1953 Morre o seu pai. Convida Christine Garnier, autora em 1952 de “Vacances avec Salazar”, a proferir uma conferência em Berna. 1954/1956 Ministro de Portugal em Roma. Desenvolve uma “Acção Representativa da Delegação de Portugal em Roma” (como lhe chama nos seus registos). Escreve Saudades de Mim, obra que seu filho António viria a publicar no ano posterior à sua morte. 1954 Publica D. Manuel II, o Desventurado; o prefácio, escrito na Suíça, constitui uma reflexão sobre a sua própria vida e as suas opções. Na véspera da sua partida para Roma, por ocasião do porto em sua honra oferecido no Hotel Candolle em Genebra pelo Circle de la Press et des Amitiées Étrangères, profere a conferência “L’Âme Portugaise” e inaugura a exposição “Couleurs et Reflets du Portugal” de Paulo Ferreira. Em Abril, é transferido para Roma, onde passa a exercer as funções de Ministro de Portugal em Roma. Participa no II Congresso “Per la Pace e Civilta Cristiani”. 1955 Com Salvação Barreto e Francisco Calheiros de Menezes, preside e inaugura em Roma a exposição “Lisboa de Hoje”, iniciativa da CML sob a direcção artística de José Espinho e Manuel Rodrigues. Escreve o livro Poemas Italianos, ainda inédito, quase todo inspirado em obras de arte, em especial pintura da Renascença florentina e romana. Participa nos X Encontros Internacionais de Genebra, dedicados ao tema A Cultura Estará em Perigo? Profere, na Universidade de Zurique, uma importante conferência sobre a Psicologia do Povo Português. É eleito "Académico Correspondente Nacional" pela Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa, em sessão realizada no dia 30 de Junho. 1956 A Legação de Portugal em Roma é elevada à categoria de Embaixada. António Ferro, Embaixador de Portugal em Roma (sem ter chegado a receber as credenciais), desloca-se a Lisboa para se submeter a uma simples extracção da vesicula executada pelo Dr. Augusto Toledano Ezaguy. No período pós-operatório, António Ferro desenvolve uma pneumonia que lhe provoca uma crise cardíaca e morre inesperadamente num quarto particular do Hospital de S. José na madrugada de dia 11 de Novembro. Tem 61 anos. por Mafalda Ferro |