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António Ferro: Um Cometa a Sudoeste

António Ferro foi um protagonista incansável do período de afirmação da arte moderna na Península Ibérica. Além de participar nos mais diversos acontecimentos culturais dos "artistas avançados" de Portugal, Espanha e outros países, devem-se ao seu modo de ser, sedutor e dinâmico, não poucas linhas de uma dessas teias de afectos e cumplicidades culturais, por vezes quase secretas, que sempre sustentaram a vida pública das obras de arte.

No próximo ano, por iniciativa do MEIAC (Museo Extremaño y Iberoamericano de Arte Contemporáneo) de Badajoz, vai realizar-se a exposição "Suroeste: Relações Literárias e Artísticas entre Portugal e Espanha (1890 – 1935)". Será inaugurada naquele museu no dia 15 de Janeiro, marcando presença no Círculo de Bellas Artes de Madrid no mês de Março, e poderá ser vista em Lisboa, entre Junho e Agosto, no Museu do Chiado. É uma mostra dedicada a esses "embaixadores desconhecidos", para usar a expressão de Almada Negreiros, que teceram, através do pensamento, da escrita, das artes plásticas ou do cinema, as pontes mais sólidas que uniram os dois países num convívio sem excluídos, tragicamente perturbado pelo eclodir da Guerra Civil espanhola. Nesta exposição tornar-se-á evidente, para muitos, a riqueza do espólio conservado pela Fundação António Quadros com a divulgação de uma pequena mas significativa parte do epistolário espanhol de António Ferro. Estarão em destaque as cartas, brevemente reunidas em volume, que recebeu do seu companheiro privilegiado, o escritor vanguardista Ramón Gómez de la Serna, que durante algum tempo trocou Madrid pelo Estoril. Entre outras colaborações, Ferro prefaciou a edição portuguesa da novela "A Ruiva" de Ramón que, em 1929, retribuiria, escrevendo o prólogo à edição definitiva da "Leviana”.

Luis Manuel Gaspar
Sara Afonso Ferreira