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Newsletter Nº 32 / Fevereiro de 2012 |
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Direcção Mafalda Ferro Edição Fundação António Quadros |
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EDITORIAL
por Mafalda Ferro
Despedimo-nos, com tristeza, no passado dia 12 de Janeiro, do nosso querido amigo João Alves das Neves que, recordando António Quadros, escreveu um dia: "Em 1988, coordenámos na Academia Paulista de Letras, em São Paulo, o I Encontro de Estudos Pessoanos, do qual participaram destacados ensaístas brasileiros e portugueses, assinalando, entre outros, João Gaspar Simões, Teresa Rita Lopes e António Quadros, conforme ilustra a revista cultural Comunidades de Língua Portuguesa (agora, com 22 volumes publicados!). Foi no decurso desse diálogo lusíada que da admiração intelectual passámos à amizade (texto integral aqui). Quatro amigos cujos ideais se prolongam no tempo.
O Instituto de Estudos sobre o Modernismo "IEMo" é uma Unidade de Investigação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa que, entre diversas actividades, promove e apoia a pesquisa e estudo de espólios de escritores do período modernista ou com ele relacionado; importa referir a publicação do segundo número da revista "Modernista", que sob a direcção editorial de Teresa Rita Lopes, se transformou já num elemento incontornável para o estudo do modernismo em Portugal.
Boa Leitura.
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FUNDAÇÃO ANTÓNIO QUADROS
por Mafalda Ferro
O primeiro trimestre do ano na Fundação António Quadros é sempre um período de grandes expectativas e de muita esperança; em três anos de existência, cada ano tem sido mais produtivo que o anterior e acreditamos que 2012 não será excepção.
Depois de a Assembleia Municipal ter deliberado, por maioria absoluta, a favor da atribuição de um espaço em Lisboa para a Fundação, reunirmos com a Vereadora Catarina Vaz Pinto e com o seu assessor Manuel Veiga, no sentido de, depois de definidas as características essenciais, se localizar uma "casa" para a Fundação.
Acreditamos que o Censo às Fundações irá contribuir para um maior equilíbrio na concessão de apoios às Fundações, de forma a que Instituições sem fins lucrativos e reconhecidas como de Utilidade Pública, como a Fundação António Quadros, possam igualmente ser beneficiadas.
Com o apoio da FCT, de técnicos profissionais e voluntários, a Fundação continua a tratar o arquivo e a biblioteca para melhor apoiar os investigadores, estudiosos do século XX.
A adesão dos antigos e de novos "Amigos da Fundação" continua a garantir, em 2012, a continuidade de diversas actividades.
O Plano de Actividades para 2012 inclui diversos projectos como, por exemplo, a atribuição do Prémio António Quadros 2012 cuja temática será brevemente divulgada; a realização, por ocasião do encerramento do centenário do Turismo, de um colóquio seguido da publicação de um livro de actas enriquecido com imagens de documentos do acervo da Fundação; a preparação para publicação de correspondência trocada entre António Ferro e grandes personalidades do mundo das artes; a actualização do Site com uma nova organização, permitindo já a consulta de documentos formais tais como formulários, regulamentos, contratos, acordos, protocolos, etc.; a reestruturação da newsletter; a reprodução de documentos e obras.
Aconselha-se uma visita à nossa livraria online, onde poderá encontrar obras raras e de grande valor cultural. |
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REVISTA MODERNISTA Nº2
por António Quadros Ferro
Já está disponível online o segundo número da revista Modernista do Instituto de Estudos sobre o Modernismo da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Colaboram, entre outros, Manuela Nogueira, Nuno Ribeiro, Ana Rita Palmeirim, Cláudia Souza e Teresa Rita Lopes, que apresenta o texto: "Álvaro de Campos, o chefe de orquestra do romance-drama em gente".
Em mais um interessantíssimo ensaio, Teresa Rita Lopes discorre sobre os livros que Fernando Pessoa guardou e leu. Importa notar que se deve à escritora a compra da biblioteca do poeta em 1985. Não fosse o seu "assédio" junto da Câmara Municipal de Lisboa e a biblioteca ter-se-ia disperso.
«Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és, reza o povo. Apetece-me substituir “com quem andas” por “o que lês”, e acho que dá igualmente certo.» escreve Teresa Rita Lopes, para quem Fernando Pessoa foi "sobretudo o que leu e o que pensou em função dessas leituras." Curiosas são ainda as pequenas ficções que a escritora cria em redor de Fernando Pessoa e de Álvaro de Campos. É ao poeta d' A Tabaria que não hesita em dizer:
Mas você tem muitas costelas judaicas, além desse ar de “judeu português” que o Pessoa lhe atribuiu... Até anunciou o “futuro Império de Israel”! Se calhar para provocar o Mário de Saa...
A sua família de Tavira, sua cidade natal, marcou-o muito: judeus, avô e tio-avô combatentes das lutas liberais, maçons! E você, foi maçon?
- Nem o Fernando! Quanto mais eu! Sempre odiei arregimentar-me!
Leia a revista aqui.
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"A MAIS COMPLETA EDIÇÃO DAS OBRAS DE FERNANDO PESSOA"
por Teresa Rita Lopes
"António Quadros está sempre comigo: os três volumes encadernados a vermelho e dourado, da Lello Editores, "Obras de Fernando Pessoa" (que me ofereceu, com dedicatória) estão sempre à mão de consultar. Continua a ser a mais completa edição das obras reunidas de Pessoa e os seus "outros", que em boa hora editou em 1986. Nos comentários que vai fazendo ao longo dos diferentes capítulos, reencontro a inteligência e a sensibilidade que me permitiu partilhar com os meus alunos quando com elas nos brindou, de viva voz, nas minhas aulas de Mestrado de Estudos Pessoanos."
em António Quadros, 18 anos depois
Fundação António Quadros, (2011) |
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AINDA JOÃO GASPAR SIMÕES, NOS 25 ANOS DA SUA MORTE
por Pinharanda Gomes
"Gaspar Simões andava sempre carregado de trabalho (crítica semanal no Diário de Lisboa e no Diário de Notícias, colaboração literária no Diário Popular e noutros jornais, a redacção da sua própria obra, e ainda a escravatura de tradutor em que por necessidade nunca deixou de andar enredado). No entanto, era frequente passar pelo café Brasileira do Chiado nos fins de tarde, quando se deslocava para entregar, ou artigos nos jornais, ou lotes de páginas traduzidas nos editores. Era pessoa discreta, mas controversa, nos meios literários pois todos e cada um temiam o seu juízo quando lhe enviavam um livro para crítica, um trabalho que exerceu até à morte, vencendo as objecções que lhe foram movidas pela corrente erudita ou crítica mediata, proposta pelas novas gerações das Faculdades de Letras, que recusavam valor científico à crítica imediata, da qual Gaspar Simões era o pontífice indiscutido. E, não obstante, foi no contexto do criticismo presencista e do exercício da crítica imediata, que a literatura portuguesa cresceu e floresceu. Gaspar Simões algumas vezes se enganou nos prognósticos, mas em muitas outras teve a premonição de, nas suas leituras, adivinhar se os autores novíssimos seriam, ou não, autores com futuro."
em "A tertúlia de Álvaro Ribeiro e de José Marinho"
Revista Nova Águia, nº 8, 2011, pp 117-125. |
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AGENDA CULTURAL
Destaque:
"ALVES REDOL - HORIZONTE REVELADO"
de 22 de Outubro de 2001 a 11 de Março de 2012 no Museu do Neo-Realismo
No quadro de uma vasta programação sobre o Centenário do Nascimento de Alves Redol, o Museu do Neo-Realismo preparou para o último trimestre de 2011 um conjunto de exposições que procuram reflectir não apenas o sentido de evocação e homenagem associado às efemérides, como ainda um empenho de investigação e análise acerca de um escritor maior como Alves Redol, pioneiro do movimento neo-realista com o seu romance de estreia, Gaibéus (1939), ao introduzir no universo da ficção esse compromisso estético e social que congregou uma nova geração em torno da transformação da sociedade portuguesa.
Horizonte Revelado é o título da exposição biobibliográfica mais abrangente e completa até hoje realizada entre nós, tendo sido estruturada para dar a conhecer ao público que nos visita uma visão alargada e, até certo ponto, inovadora do percurso literário de Alves Redol. Nela devemos destacar a presença de um conjunto significativo de documentos e objectos que projectam, sem dúvida, uma nova luz sobre alguns dos aspectos centrais da sua vida pessoal e profissional. Do etnografismo inicial à maturidade literária, esta mostra permitirá certamente uma leitura mais complexa e aprofundada sobre o trajecto de um escritor essencial para entender os valores e as ideias que marcaram o Portugal de meados do século XX.
Curadoria: David Santos e António Mota Redol
Outro Eventos:
- "A Arte da Guerra". Exposição patente ao público até dia 8 de Fevereiro de 2012 no Museu do Caramulo e no Museu Colecção Berardo.
- "A sobriedade e a elegância do HAIKU", Workshop a ter lugar no Museu do Oriente dias 8 e 15 de Fevereiro de 2012. Formadora: Leonilda Alfarrobinha.
- "O Vermelho na cultura chinesa" exposição patente ao público até dia 4 de Março, no Centro Científico e Cultural de Macau.
- Exposição “Amigos de Paris", de 26 de Fevereiro até 15 de Abril na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silvapode. Trabalhos de Lourdes Castro, René Bertholo, José Escada e Jorge Martins.
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