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Newsletter Nº 209 / 14 de Maio de 2024
Direcção Mafalda Ferro Edição Fundação António Quadros

ÍNDICE

01 — A Presença de Jorge Barradas na Fundação António Quadros, por Mafalda Ferro.

02 — Jorge Barradas: Na cerâmica como na pintura o mesmo domínio, a mesma rara independência, a mesma graça, a mesma deliberação e até a mesma paleta, por Fernando Pamplona.

03 — O Tempo da Arte de Jorge Barradas, por Natércia Freire.

04 — O significado do dia 6 de Maio para a Fundação António Quadros, por Mafalda Ferro.

05 — Fernanda de Castro, 30 anos depois da sua morte: iniciativas em preparação para o segundo semestre de 2024. Divulgação.

06 — António Quadros: nos 100 Anos do seu nascimento. Actas.

07 — Projecto António Telmo, Vida e Obra, Newsletter.

08 — Instituto de Filosofia Luso-Brasileira: Próximos Colóquios. Para participar, envie uma proposta de Comunicação até final de Maio.

09 — Inauguração da Exposição de Pintura de Madalena Braddell. Divulgação e convite.

10 — «Nazaré, a Praia mais Típica de Portugal: a institucionalização e instrumentalização do folclore no Estado Novo», em foco no Serão Temático da Associação Cultural do Concelho de Rio Maior. Divulgação e Convite.

11 — Livraria António Quadros: Conjunto dos dois volumes de "Ao Fim da Memória", de Fernanda de Castro.


EDITORIAL,

por Mafalda Ferro.

A presente newsletter é, muito especialmente, dedicada a JORGE BARRADAS130 anos depois do seu nascimento, a 16 de Julho de 1894. 

Isto de ser moderno, não é uma maneira de vestir, mas forma de ser e de sentir,
Almada Negreiros.


Só com a sinceridade e humildade de Jorge Barradas se pode chegar, como consequência lógica, aos resultados da sua arte actual de um surrealismo muito peculiar, onde o poético anda de braço dado com o metafísico dos elementos essenciais da paisagem. Surrealismo afinal praticado por uma análise transcendente à realidade das coisas e que Barradas transforma em puras expressões estéticas, numa pintura fresca de positiva valia técnica e emocional. Mário de Oliveira, em "Catálogo da exposição «Jorge Barradas: Cerâmicas»". Lisboa: Edições Galeria de S. Mamede, 1972.


«Diário», exposição de Fotografia
de Paulo Ribeiro Baptista


Paulo Ribeiro Baptista fotografou e produziu a exposição e é,
 também, de sua autoria o excelente catálogo disponível na Galeria Imago, espaço que acolhe a exposição.

Patente até 31 de Maio, de quinta a sábado, entre as 15.30 e as 19.30.

O Autor estará presente.

Não deixe passar esta oportunidade de o conhecer e ouvir. Vale a pena.


Pós-Graduação em Património Cultural Imaterial


Carla Ribeiro, coordenadora da Pós-Graduação em Património Cultural Imaterial da Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto, informa sobre a 1.ª fase de candidaturas à Pós-Graduação em Património Cultural Imaterial da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, que decorre até 19 de Julho  de 2024.


O edital de concurso e o formulário de candidatura podem ser consultados em: https://www.ese.ipp.pt/cursos/editais/pos-graduacoes


Para saber mais sobre o curso, estão disponíveis duas sessões de esclarecimento online:

1.ª sessão, 7 de Maio de 2024, pelas 18h - ID da reunião: 879 5473 8580
videoconf-colibri.zoom.us/j/87954738580

2.ª sessão, 26 de Junho de 2024, pelas 19h - ID da reunião: 879 5473 8580
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/87954738580

 
01 — A PRESENÇA DE JORGE BARRADAS NA FUNDAÇÃO ANTÓNIO QUADROS,
por Mafalda Ferro 

Jorge Barradas (Jorge Nicholson Moore Barradas ou, para os amigos, o «Barradinhas» foi um pintor, desenhador,  ilustrador, caricaturista, ceramista e que também trabalhou em publicidade, luso-irlandês pertencente à «Primeira Geração» de artistas modernistas portugueses (José-Augusto França, em "A História da Arte em Portugal no Século XX 1911-1961").

Pode visualizar AQUI o documentário de José Elyseu, 1971, sobre a sua última exposição, panorama da sua obra, e um depoimento do artista sobre o seu percurso e obra. 


"Foi distinguido com os prémios «Columbano» em 1939, e «Sebastião de Almeida» em 1949, do S. N. I. recebeu também a medalha de oiro da «Exposição Internacional de Paris», em 1937. Em 1933 foi-lhe concedida, pelo Instituto de Alta Cultura, uma bolsa de Estudo, tendo viajado em Espanha, Itália e França. Comendador da Ordem de S. Silvestre, e Comendador da Ordem de Santiago da Espada" (Em "Catálogo da exposição «Jorge Barradas: Cerâmicas»". Lisboa: Edições Galeria de S. Mamede, 1972).

Sobre Barradas e a sua arte, publicamos neste número da newsletter dois artigos de autores mais eruditos nessas matérias. 

Parte da sua obra artística está representada em diversos museus, na Fundação Gulbenkian, em diversas colecções particulares e na Fundação António Quadros, instituição na qual podem também ser consultados outros elementos. O nosso objectivo hoje é dar a conhecer algo mais dessa obra através de alguns elementos que integram o acervo da Fundação António Quadros, parte deles comprovativos da amizade e actividade profissional que o ligava a António Ferro desde o início dos anos vinte até aos anos cinquenta do século XX.

CORRESPONDÊNCIA
EXCERTOS DE CARTAS DE JORGE BARRADAS PARA ANTÓNIO FERRO



Rio de Janeiro, 14 de Outubro de 1923 [FAQ-01-0050-00001]

Meu caro António: A minha vida tem corrido sem grande interesse, trabalhando sempre executando umas quantas encomendas e levando vida de velho, sem pagode nem aventuras. Ao presente encontro-me hospedado em casa do João de Nobre e Lima em Ipanema; sinto-me no Estoril. Ouvi dizer que já eras papá. É verdade? Nesse caso apresso-me a enviar-te um grande e apertado abraço a desejar para o teu baby e Maria Fernanda um mundo de saúde e felicidade. Abraços apertados do velho amigo e camarada e admirador, Jorge Barradas


Rio de Janeiro, 13 de Março de 1937 [FAQ-01-0050-00004]

Meu caro António Ferro: Recebi ontem uma carta do S. da P. N. e assinada por ti pedindo-me a urgência na entrega dos quadros, conforme o contracto até 2.ª feira 15.

Infelizmente uma forte carga de água que apanhei forçou-me a ir à cama adoentado durante dois dias, e a dificuldade de pintar sobre o oiro na alegoria ao Império, obrigam-me a pedir-te o grande e particular favor de me concederes mais 3 dias sobre a data marcada, com o que só temos a lucrar, o S. da P. e eu. Pela satisfação deste meu pedido fica-te muito grato o teu velho amigo, Jorge Barradas.


Rio de Janeiro, Janeiro de 1940 [FAQ-01-0050-00005]

Meu caro António Ferro: Vim especialmente para agradecer-te como particular amigo e ao Director do S. da P. Nacional a atribuição do Prémio Columbano com que ontem o júri a que presidiste me quiz honrar. Crê sempre na amizade do Jorge Barradas.

OBRAS DE ARTE e CAPAS E ILUSTRAÇÕES EM OBRAS LITERÁRIAS
por JORGE BARRADAS




[s.d.] — Retrato de Homem (carvão) [FAQ/CA-OA/00153]

[s.d.] — Retrato de uma Mulher (carvão) [FAQ/CA-OA/00114]

1920 — Capa de "Árvore de Natal", de António Ferro. Lisboa: Portugália Editora.

1921 — "O António Ferro", retrato a carvão de António Ferro [FAQ/CA-OA/00475]

1921 — Retrato caricaturado de António Ferro, com dedicatória manuscrita: Off. ao seu amigo António Ferro.

1921 — Maquette do cenário do 4.º acto, ilustração em "Zilda", peça de teatro de Alfredo Cortez. Porto: Companhia Portugueza Editora.

1922 Reprodução de Retrato de Maria da Luz, publicado na revista «Contemporânea». [FAQ-CA-OA-00457]

1924 — Capa de "Os Contemporâneos: Eugénio de Castro, a sua vida e a sua obra", coordenação de Albino Forjaz de Sampaio. Lisboa: Empresa do Diário de Notícias.

1924 — Capa de "Os Escriptores: Fialho d'Almeida: a sua vida e a sua obra", coordenação de Albino Forjaz de Sampaio. Lisboa: Empresa do Diário de Notícias.

1927 — Reproduções de três capas de revistas «ABC». Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. [FAQ-CA-OA-00437, FAQ-CA-OA-00438, FAQ-CA-OA-00460]

1930 — Ilustração no "Catálogo do I Salão dos Independentes", de [vários autores].

1930 — Capa de "Quasi de graça", de Augusto Cunha. Lisboa: Parceria António Maria Pereira.

1930 — Conjunto de copos de água da série «Bailados de Portugal» com figuras esmaltadas de dançarinos a bailar numa aldeia, assinados. Fabrico: Companhia Industrial Portuguesa (1920/1955). [FAQ-CA-AP-00012]

1935 — Caricatura de Guerra Junqueiro impressa sobre postal. Lisboa, Biblioteca Nacional de Portugal. [FAQ/CA-OA/00640]

1946 — Capa de "A Tempestade. Romance." [4.ª edição], de Ferreira de Castro. Lisboa: Livraria Editora Guimarães & C.ª.

1947 — Capa de "Fêtes du centenaire de la prise de Lisbonne du 15 Mai au 26 Octobre1947". Lisboa: Edições SNI.

1948 — Capa de "Hora Incerta: Pátria Certa. Folhetos de cordel (1919-1927)", de António Correia d'Oliveira. Lisboa: Edições SNI.

1950 Painel de azulejos «As Pombas», reproduzido em "Catálogo da exposição «Jorge Barradas: Cerâmicas»". Lisboa: Edições Galeria de S. Mamede, 1972.


FOTOGRAFIAS


1948 (10 de Dezembro) —
Jorge Barradas durante a sua exposição de cerâmica realizada no Salão de Exposições do S.N.I. Reconhece-se António Ferro, Jorge Barradas, António Eça de Queiroz, entre outros não identificados. [FAQ/06/01015]

1949 — Jantar de despedida e homenagem a António Ferro, de partida para Berna: Reconhece-se na ala esquerda da mesa: Francisco Avilez, Irene Lapa, Eduardo Freitas da Costa, Estela Marques e António Duarte; na cabeceira: António Ferro, Paulina Ferro e António Quadros; na ala direita da mesa (a seguir a António Quadros), reconhece-se Pedro Ferro da Cunha, Jaime de Carvalho, António Eça de Queiroz, Ruth Walden, […], ]…], Carlos Botelho, […], Jorge Barradas e Álvaro de Brée. [FAQ/06/00914]


ARTIGO PUBLICADO NA IMPRENSA



1947.02.28, «Diário Popular» (2 fl.), artigo "Três cartas inéditas de Jorge Barradas e Bernardo Marques". Autoria: António Quadros [FAQ/02/0294/00006]

 
02 — JORGE BARRADAS: NA CERÂMICA COMO NA PINTURA O MESMO DOMÍNIO, A MESMA RARA INDEPENDÊNCIA, A MESMA GRAÇA, A MESMA DELIBERAÇÃO E ATÉ A MESMA PALETA,
por Fernando Pamplona

 

Jorge Nicholson Moore Barradas nasceu em Lisboa, em 1894. Rápida passagem pela Escola de Belas Artes de Lisboa. Muito novo dedicou-se à ilustração, tendo vasta obra dispersa em jornais e revistas. Já em 1911 seu nome figurava na «Exposição dos Humoristas Portugueses» no Grémio Literário, ao lado de Almada Negreiros, Emmerico Nunes, etc, etc. Fundou, com Henrique Roldão, o Semanário «O Riso da Vitória». Nos anos vinte os seus trabalhos, assim amplamente divulgados, consagraram o seu nome, e certamente ajudaram a divulgar o então depreciativamente chamado «Modernismo». Também fez maquetes de cenários para revistas de grande sucesso como «Sete e Meio», «Pernas ao Léu», e «Pó de Arroz».

Encenou igualmente «Alfama», de António Botto. Exposições individuais e colectivas, com Almada Negreiros, Santa Rita, António Soares, Eduardo Viana, Dordio Gomes, Mário Eloy, e inúmeros outros nomes, evocadores de escolas, tendências, ou personalidades. Artista que encontrou a sua própria estética, as suas obras, em pintura ou em cerâmica, estiveram em contacto directo com o público, decorando bancos, cafés, e departamentos do estado.

Em 1930 permaneceu alguns meses na Ilha de S. Tomé, onde a sua arte, de tendência barroca, encontrou ampla correspondência na paisagem tropical. Em 1933 executa uma série de 12 litografias, com aspectos típicos de Lisboa. Em 1944 dedica-se à cerâmica, promovendo a sua renovação entre nós. Utilizou na sua obra, não poucas vezes, hábeis estilizações decorativas, a partir de formas naturalistas.

Na cerâmica como na pintura o mesmo domínio, a mesma rara independência, a mesma graça, a mesma deliberação e até a mesma paleta.

A cerâmica de tão altas tradições entre nós, tinha-se abastardado, mas nos últimos anos renasceu das próprias cinzas. Renasceu, reatando o fio de uma tradição opulenta e, ao mesmo tempo integrando-se no clima estético dos tempos novos. Esse renovo muito ficou devendo a um grande artista, Jorge Barradas, que deixou a pintura para se dedicar de alma e coração à cerâmica para lhe dar o melhor do seu talento. Criou novas formas, traçou novos rumos, enfim fez escola.

Em primeiro lugar, há que situar Jorge Barradas cuja arte bruxa arranca desta matéria pobre os mais sortílegos efeitos. Riqueza de imaginação, sentimento poético, espantosa intuição de formas e das cores coexistem sem se acotovelar na cerâmica de Jorge Barradas. 

Em "Catálogo da exposição «Jorge Barradas: Cerâmicas»". Lisboa: Edições Galeria de S. Mamede, 1972.

 
03 — O TEMPO DA ARTE DE JORGE BARRADAS,
por Natércia Freire

O tempo da arte de Jorge Barradas vive realmente entre os outros tempos de arte. Mas os encontros que com eles porventura poderá ter situam-se todos em fronteiras. Daí a singularidade do artista, daí a verdade de uma visão que, ao agarrar a sua forma, passa forçosamente pela depuração do seu estilo.

A propósito da sua obra escrevem-se palavras como surrealismo, neo-realismo, barroco, etc. Todas estas designações estarão certas? Decerto. Todos os grandes artistas são tudo isso na sua obra.


Depois, é apenas fixar o espectáculo da sua arte, aderir ao deleite de ver mover-se a Árvore Vermelha, que pode ser filha do fogo e c
hamar-se imbondeiro, nascido em terras africanas.

As suas flores, tanto podem ser flores como borboletas — aqueles pequenos seres que pressentem as irmãs a dez quilómetros de distância.

Mas a Cabeça de Rapariga de 1947, guarda a doçura do sofrimento que se habituou a durar e começa a querer diluir-se na eternidade divina, tal as figuras esbatidas da Ceia de Leonardo, numa parede de Milão.

O seu diálogo, de 1952, traz qualquer coisa de espectral à geometria colorida de duas figuras que transcendem o tema que ali as detém. Graves, secretas, não estão longe da obsessão da morte e do próprio destino.

A precisão do seu traço tem a segurança da própria natureza. É gémea com as agulhas dos pinheiros, com os raios do Sol, com as formas do corpo humano, com as neblinas dos dias invernais, e cumpre a vida, dia a dia, sonho a sonho, dor e humor.

Em "Catálogo da exposição «Jorge Barradas: Cerâmicas»". Lisboa: Edições Galeria de S. Mamede, 1972.
 
04 — O SIGNIFICADO DO DIA 6 DE MAIO PARA A FUNDAÇÃO ANTÓNIO QUADROS,
por Mafalda Ferro.

A Fundação António Quadros fez no passado dia 6 16 ANOS DE VIDA (2008-2024) e 11 anos do dia em que assinou um protocolo de colaboração com a Câmara Municipal de Rio Maior (2013-2024).

Foi em Agosto de 2006 - já eu, há mais de uma década, tratava e disponibilizava o espólio documental deixado pelos meus avós Fernanda de Castro e António Ferro - que, em passeios à beira ria do Alvor com o meu amigo José Carlos Calazãs, começou a nascer a idéia de instituir uma Fundação que recebesse, tratasse e disponibilizasse a investigadores e outros, os documentos herdados por minha mãe, meus irmãos António e Rita Ferro, e meus primos Vicente e Stephanie Lemonnier Ferro, desde 1995 à minha guarda, em minha casa na Rua Palmira, em Lisboa.

No dia 31 desse mês, de regresso a Lisboa, dentro do carro que nos conduziu em fim de férias, começámos a pensar a estrutura dessa Fundação que não tinha então, ainda, um nome definido.

Começámos a trabalhar e, no dia 7 de Janeiro de 2007, todos os herdeiros, acima referidos, se comprometeram verbalmente a doar à «Fundação António Quadros» a sua parte do espólio documental que lhes pertencia, caso eu a conseguisse  instituir, sendo que, todos eles constariam com «Instituidores».


Em Abril de 2007, existia já uma Comissão Instaladora constituída por Francisco d`Orey Manoel, José Carlos Calazans, Luís Silva Moreira, Mário Quina, Maria Barthez, Rui Patrício Albuquerque e por mim, sempre assessoradas por Teresa Samwell Diniz. Rui Neves da Silva (ROC) e Rui Lopes (TOC) estavam muitas vezes presentes.

No dia 6 de Maio de 2008, a Fundação foi instituída no cartório de Melanie Ribeiro como pessoa colectiva de direito privado n.º 508524873, com morada fiscal em Rio Maior, na Rua Capitão Castelo n.º 6, em Vale de Óbidos, Rio Maior, e morada cultural e de trabalho na Rua Palmira, em Lisboa. No entanto, só seria reconhecida no dia 8 de Janeiro de 2009, por Despacho n.º 2400/2009 assinado pelo Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Dr. Jorge Lacão. O documento foi entregue em mão por José Maria Sousa Rego, Secretário-geral da Presidência do Conselho de Ministros. No ano seguinte, mediante a assinatura de um protocolo com a FCT, a Fundação recebeu um importante subsídio, concedido pelo Prof. Mariano Gago, que possibilitou o primeiro importante arranque da Fundação.

Cinco anos depois, no dia 6 de Maio de 2013, a Fundação assinou um protocolo de cooperação com a Câmara Municipal de Rio Maior, então presidida por Isaura Morais, e, com o seu incontornável, o seu acervo e a sua morada de trabalho foram transferidos para o edifício da Biblioteca Municipal de Rio Maior onde a Fundação ocupa até hoje um espaço próprio.

Aproveito a ocasião para felicitar e agradecer a quantos, e foram muitos, contribuíram para que a Fundação seja hoje uma realidade que tem como objectivo o estudo e a divulgação do Pensamento e da Obra de António Quadros, Fernanda de Castro, António Ferro e de quaisquer outras personalidades de mérito, bem como o apoio à investigação e a prossecução de acções de carácter cultural, artístico, científico, educativo e social com enfoque em áreas como Literatura, História, Filosofia, Turismo, Arte, Teatro, Cinema, Música, entre muitas outras.

 

05 — FERNANDA DE CASTRO, 30 ANOS DEPOIS DA SUA MORTE.
Iniciativas em preparação para o segundo semestre de 2024

30 anos depois da morte de Fernanda de Castro, a Fundação prepara diversas iniciativas em sua memória que incluem a publicação de inéditos, a reedição de obras, artigos para publicação, uma exposição...


Atendendo a que a newsletter de Dezembro lhe será dedicada, desafio cada um dos seus muitos admiradores a enviar um texto de sua autoria para esse fim.  

Envie o seu contributo.
Contamos consigo.

 

Como as estrelas mortas

que ainda brilham no céu,

assim sou eu!

Fernanda de Castro

 
06 — ANTÓNIO QUADROS: NOS 100 ANOS DO SEU NASCIMENTO.
Actas.

Com coordenação de António Braz Teixeira e Renato Epifânio, Lisboa, Fundação Lusíada/ MIL/ DG Edições, 2024, 238 pp. Para encomendar: info@movimentolusofono.org

ÍNDICE

— António Quadros, Intérprete da cultura brasileira | António Braz Teixeira

— António Quadros e a Fundação Lusíada | Abel Lacerda Botelho

— António Quadros e a autópsia da revolução: Notas Sobre A Pátria (O Seu “Impensado”) e A (“Institucionalização” da) Cidadania Democrática | Alexandre Teixeira Mendes

— A estética do bailado em António Quadros | Ana Margarida Chora

— António Quadros, Modernista, como Janus | Annabela Rita

— Entre o lirismo e a perplexidade: A Obra Poética De António Quadros | António José Borges

— António Quadros: do Acto à Espiral | Artur Manso

— Espaço, o tempo e a imagem no movimento existencial de António Quadros | César Tomé

— António Quadros e a Fundação Calouste Gulbenkian: O elogio da leitura | Guilherme d’Oliveira Martins

— Pensamento e movimento em António Quadros | João Luís Ferreira

— A Filosofia da História Portuguesa em António Quadros | Joaquim Domingues

— António Quadros, filósofo da esperança de Portugal | Jorge Preto

— António Quadros, o discípulo oculto de Jaime Cortesão | José Almeida

— A Paixão de António Quadros por "Fernando P." | José António Barreiros

— António Quadros e Aarão de Lacerda: Uma estética simbólica (Síntese Comparativa) | José Carlos Pereira

— António Quadros, Hermeneuta do pensamento português | José Esteves Pereira

— António Quadros empreendedor, humanista e pedagogo: O IADE | Madalena Ferreira Jordão

— António Quadros e o significado das narrativas do maravilhoso | Manuel Cândido Pimentel

— António Quadros e Delfim Santos | Maria de Lourdes Sirgado Ganho

— António Quadros e o Culto do Espírito Santo | Maurícia Teles Da Silva

— António Quadros e António Telmo: Um diálogo entre livres-pensadores | Pedro Martins

— António Quadros e outros vultos evocantes da tradição joaquimita: José Marinho, Agostinho Da Silva, Álvaro Ribeiro, Fernando Pessoa, Jaime Cortesão, Raul Leal E Natália Correia | Renato Epifânio

— O Conhecimento saudoso da experiência mística em António Quadros e Dalila Pereira da Costa | Samuel Dimas— António Quadros: As vanguardas portuguesas e o supra-pessoa | Tomás Cunha

— António Quadros: Influências familiares | Mafalda Ferro

 

07 — PROJECTO ANTÓNIO TELMO, VIDA E OBRA,
Divulgação.



18 DE MAIO, UMA ÓPERA "TÉLMICA" EM GUIMARÃES: «1976, A EVOLUÇÃO DOS CRAVOS» SOBE AO PALCO DO CENTRO CULTURAL VILA FLOR


1976, A Evolução dos Cravos, por Risoleta C. Pinto Pedro

António Telmo, Platão e o ritmo, por Risoleta C. Pinto Pedro

 
08 — INSTITUTO DE FILOSOFIA LUSO-BRASILEIRA: PRÓXIMOS COLÓQUIOS,
para participar, envie uma proposta de Comunicação até final de Maio.


24-25 de Junho (Biblioteca Nacional de Portugal):
Colóquio "Filosofia da História em Portugal" Ver Programa:https://iflb.webnode.page/junho-2024-coloquio-sobre-filosofia-da-historia-em-portugal-1870-2000/

23 de Setembro (Lisboa); 24 de Setembro (Porto); 25 de Setembro (Vigo); 26 de Setembro (Santiago de Compostela):
IX Colóquio Luso-Galaico sobre a Saudade/ II Encontro de Filosofia e Cultura Luso-Galaica. Para mais informações: https://iflb.webnode.page/setembro-2024-ix-coloquio-luso-galaico-ii-i-encontro-de-filosofia-e-cultura-luso-galaica/

30-31 de Outubro, Ponta Delgada (Universidade dos Açores); 4-5 de Novembro, Lisboa (Biblioteca Nacional de Portugal):
VIII Colóquio do Atlântico: “Teófilo Braga hoje: no centenário da sua morte”. Para mais informações: https://iflb.webnode.page/outubro-novembro-2024-viii-coloquio-do-atlantico/

Biblioteca Nacional de Portugal (5-6 de Novembro) | Faculdade de Letras da Universidade do Porto (7-8 de Novembro): XIV Colóquio Tobias Barreto: “O diálogo com Kant no pensamento luso-brasileiro”.
Para mais informações: https://iflb.webnode.page/novembro-2024-xiv-coloquio-tobias-barreto-de-filosofia-luso-brasileira/
 
09 — Inauguração da Exposição de Pintura de Madalena Braddell.
Divulgação e convite.

Celebrando o 65.º aniversário do «Hotel Londres» no Estoril, é inaugurada a exposição de pintura «Encontro.03» de Madalena Braddell. Com a qualidade neste tipo de iniciativas a que já estamos habituados, António Roquette Ferro é o responsável pela organização da exposição, patente entre 16 de Maio, 18h (inauguração) até 16 de Junho.

Madalena Braddell é arquitecta e trabalha no conceituado Atelier do pai, o arquitecto Thiago Braddell.

Desde muito nova enveredou pelo mundo do desenho, com alguma insegurança e muitos receios. O seu conflito interior, em que hipoteticamente teria que escolher entre as duas Artes — Arquitetura ou Pintura —, leva-a a amadurecer a sua técnica em prol de um inegável talento.

Enquanto sedimenta a sua actividade quotidiana no atelier, onde trabalha diariamente, Madalena convoca a Alma e ensaia a participação em exposições de pintura, de forma colectiva e até individual.


Estimulada por uma opinião pública que não se cansa de a incentivar, Madalena Braddell chega a esta Exposição no Hotel Londres, apresentando
-nos a beleza serena das águas e a sua envolvência, nas suas mais diversas tonalidades.

Cada nuance de cor é minuciosamente trabalhada para transmitir, não apenas uma imagem, mas a essência da Arte que pretende partilhar.

 
10 — «Nazaré, a Praia mais típica de Portugal: a institucionalização e instrumentalização do folclore no Estado Novo», em foco no Serão Temático da Associação Cultural do Concelho de Rio Maior.
Divulgação e Convite.

A Nazaré, tão perto de Rio Maior, certamente local de veraneio de muitos de nós, é titular de um dos mais antigos ranchos folclóricos do país. Essencial na divulgação das tradições — dança, traje, música , tornou-se uma instituição local e, por via disso, um apetecível instrumento político.

Motivo de orgulho local e essencial à divulgação do turismo, o rancho permite perpetuar memórias e exaltar as particularidades regionais.


Razões subjacentes à apresentação que preparámos para o próximo dia 31 de Maio, pelas 21h, no Edifício Loja do Cidadão, 2.º andar, em Rio Maior.


As convidadas, duas jovens investigadoras
Matilde Fialho e Camila Carvalho e Silva — presentearão a plateia com o tema «Nazaré, a Praia mais Típica de Portugal: a institucionalização e instrumentalização do folclore no Estado Novo».

Legendas: 
01 - Cartaz de divulgação.
02 - Representação popular de Nossa Senhora da Nazaré, rodeada por diversos motivos também populares, em suporte de papel. Assinado "P". [Paulo Ferreira???]. Exemplar guardado por Fernanda de Castro para ser utilizado num dos seus registos de santos. [FAQ/CA-OA/00271]

 
11 — Livraria António Quadros.
Obra em Promoção até 14 de Junho de 2024




Autoria:
Fernanda de Castro


Título:
Ao Fim da Memória I e II (conjunto dos dois volumes) [2.ª edição]

Edição — 
Lisboa: Editorial Verbo, 1988.

PVP: 45€
 
 
     
 
Apoios:
 
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