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Newsletter Nº 139 / 14 DE SETEMBRO DE 2018
Direcção Mafalda Ferro Edição Fundação António Quadros

ÍNDICE

 

01 – Congresso Internacional "Virgínia Victorino na cena do tempo". Programa e convite.

02 – Exposição «Ver tudo: Màmía Roque Gameiro (1901-1996) – Pintura e Ilustração», por Sandra Leandro (comissária da exposição).

03 Tragédia no Museu Nacional do Rio de Janeiro, por Mafalda Ferro.

04 V EPLP - Encontro de Poetas da Língua Portuguesa. Convite.

05 Ascendência e descendência de Fernanda de Castro. Apresentação da obra. Memória.

06 Exposição de Pintura "De Lisboa a Caxias". Convite.

07 Livraria da Fundação, Promoção do mês: A Espada de Cristal (Peça em 3 actos) seguida de Maria da Lua (Peça em 3 actos).


EDITORIAL

por Mafalda Ferro

 

Depois da exposição «Flor de Água: Helena Roque Gameiro (1895-1986) Aguarelas e Artes aplicadas», realizada em Setembro de 2016 e de «Mão Inteligente: Raquel Roque Gameiro (1889-1970) Ilustração e Aguarela" em Fevereiro de 2018, a Câmara Municipal da Amadora e a Casa Roque Gameiro inauguram, amanhã, sábado, dia 15 de Setembro, às 16h, a exposição «Ver tudo: Mamia Roque Gameiro (1901-1996) – Pintura e  Ilustração», comissariada por Sandra Leandro.


Além de professora de desenho a crianças, Màmía ilustrou diversas publicações das quais se destaca a primeira edição (1924 [1925]) de «Varinha de Condão – contos para crianças», de Fernanda de Castro e Teresa Leitão de Barros e as ilustrações do conto Flor que o sol beija publicado na mesma obra sendo que Martins Barata ilustrou O Pinto Calçudo; Cottinelli Telmo, O príncipe dos borzeguins de oiro e O José das Lérias, Stuart Carvalhais, O anão do cachimbo mágico; Raquel Roque Gameiro, O príncipe sol; Rocha Vieira, O segredo da ilha dos papagaios; e Elsa Althausse, Negra-flor.

 

No âmbito das diversas homenagens a Fernanda de Castro, a Fundação disponibiliza em promoção muito especial até 14 de Outubro: A Espada de Cristal (Peça em 3 actos) seguida de Maria da Lua (Peça em 3 actos), de Fernanda de Castro.

 
01  Congresso Internacional "Virgínia Victorino na cena do tempo".
Programa e convite.


Celebrando Virgínia Victorino, 50 anos depois da sua morte, a Câmara Municipal de Alcobaça e a ADEPA – Associação para a Defesa do Património da Região de Alcobaça, organizam um congresso internacional a realizar na Biblioteca Municipal de Alcobaça nos dias 21 e 22 de Setembro próximos.

 


PROGRAMA


Sexta-feira 21 Setembro 2018

14,00h – SESSÃO DE ABERTURA

- Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Alcobaça – Inês Silva;

- Presidente da ADEPA – Luís Peres Pereira;

- Coordenação Científica do Congresso – Isabel Lousada.


15,30h – CONFERÊNCIA INAUGURAL

Os vectores principais da obra de Virgínia Victorino e o Neo-Romantismo epocal – José Carlos Seabra Pereira (UC).


16,30h – VIRGÍNIA VICTORINO, VIVÊNCIAS E ESPAÇOS

Moderação de Isabel Lousada (NOVA FCSH)

- Marrocos, tempos e modos (Virgínia Victorino em Marrocos) – Rui Rasquilho (antigo Adido Cultural de Portugal em Marrocos);

- Os percursos de literatura de viagem: Virgínia Victorino por França, Itália e Tunísia na década de 1920 - Martina Matozzi;

- "Aqui estou, minha terra bem-amada" Virgínia Victorino e Alcobaça, apontamentos de História Local, Alcobaça – Fernando Barroso (Amigos da Letras).

17,45h – VIRGÍNIA VICTORINO, POESIA E TEATRO

Moderação de José Carlos Seabra Pereira

- Artes de amar no feminino – em torno do sucesso de Namorados (1921) – Sara Barbosa (CEC – FL-UL);

- A Escritora e o seu duplo: Virgínia Victorino e o discurso teatral – Júlia Lello.


18,30h -
SOCIABILIDADES, VOCAÇÕES E DETERMINAÇÕES AO TEMPO DE VIRGÍNIA VICTORINO. CONFERÊNCIA.

Um combate duplo: a afirmação das mulheres compositoras na viragem para a modernidade – Rui Vieira Nery (INET_MD, Universidade Nova de Lisboa).

 

Sábado, 22 Setembro de 2018

14,00h – AMIZADES, ARTES E LETRAS

Moderação de Rui Vieira Nery (INET_MD, Universidade Nova de Lisboa)

- Virgínia Victorino e Fernanda de Castro, uma amizade para além do tempo – Mafalda Ferro (Fundação António Quadros);

- Virgínia Victorino, Medina, Almada, Malta, Adelaide Lima Cruz, Teixeira Lopes e outros – Emília Ferreira / Joana d´Oliva Monteiro (IHA/FCSH/NOVA);

- Virgínia Victorino e Ana de Gonta Colaço. A Poética na "Pensão dos Remexidos" – Inês Borges / Ana Campos.


15,30h – SOCIABILIDADES, VOCAÇÕES E DETERMINAÇÕES AO TEMPO DE VIRGÍNIA VICTORINO II

- Sondagem à Poesia de Virgínia Victorino: uma questão de forma – António Carlos Cortês (CLEPUL);

- Virgínia Victorino e o armário português – Fernando Curopos (Sorbonne/Paris 4);

- Conformismo ou rutura? Mulheres escritoras no primeiro terço do século XX – Paulo Guinote (CICS NOVA).


17,30h - VIRGÍNIA VICTORINO, IMPACTO INTERNACIONAL

Moderação de Martina Mattozzi.

- Virgínia Victorino: a presença da poesia e do teatro na imprensa do Brasil – Angela Laguardia;

- Virgínia Victorino Revisitada – Holley Waughn (Universidade Norte do Texas).


18,30h – CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO

- Virgínia Victorino (1895-1967): eslabonen el mapa de las relaciones literárias peninsulares en el período de entreguerras – Maria Victoria Navas Sánchez-Élez (Professora honorífica da Universidade Complutense de Madrid).


19h - SESSÃO DE ENCERRAMENTO

- Presidente da ADEPA – Luís Peres Pereira

- Representante da Família de Virgínia Victorino – José Guilherme Victorino

- Coordenação científica do Congresso – Jorge Pereira de Sampaio

- Comissão de Honra – Marco Galinha

- Conclusões do Congresso – Isabel Pires de Lima (a confirmar)

- Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça - Paulo Inácio

- Ministro da Cultura – Luís Castro Mendes


19,30h – APRESENTAÇÃO DO LIVRO "VIRGÍNIA VICTORINO, ANTOLOGIA POÉTICA"

Com estudo introdutório de António Carlos Cortez, Editora Caleidoscópio.

 

02 Exposição «Ver tudo: Màmía Roque Gameiro (1901-1996) – Pintura e Ilustração»,
por Sandra Leandro (comissária da exposição).


«Ver tudo: Màmía Roque Gameiro (1901-1996) – Pintura e Ilustração»
é uma exposição alicerçada num trabalho de investigação que decorrerá entre 15 de Setembro de 2018 e 24 de Fevereiro de 2019, na Casa Roque Gameiro, na Amadora onde a artista nasceu. Tem por objectivo dar a conhecer a trajectória de Màmía (Maria Emília) uma das filhas do excepcional aguarelista Alfredo Roque Gameiro.


A lenda familiar relata que o pai a terá incentivado a pintar a óleo, pois no clã «já bastava de aguarelistas». Estudou pintura, sobretudo com Mily Possoz e talvez por isso, e certamente pelo tempo em que viveu, o seu modo de ser plástico seguiu primordialmente a tendência modernista.


Dedicou-se à ilustração artística, em particular nas décadas de 20 e 30, embora episodicamente tenha visto o seu primeiro desenho publicado aos 6 anos n'O Jornal dos Pequeninos. Muitos foram os livros e periódicos que ilustrou, como Varinha de Condão de Fernanda de Castro e Teresa Leitão de Barros, em 1924-25, Os Conselheiros do Califa, de António Sérgio, em 1927, ou o fabuloso ABC, com quadras de Maria de Carvalho, em 1938.


Nos anos 30, tornou-se também ilustradora científica no Instituto Português de Oncologia e “viu tudo” através de uma câmara clara adaptada ao microscópio. Os seus desenhos de cortes histológicos e de citologias ficaram reputados nacional e internacionalmente.


Ilustrou periódicos como Eva, que dirigiu em parceria com sua irmã Helena Roque Gameiro no início dos anos 30, Lusitas, Fagulha, entre outros. Concebeu duas séries de bilhetes postais de Boas Festas para os CTT – Correios de Portugal, respectivamente em 1953 e 1954.


Ao contrário de suas irmãs, Raquel e Helena, a sua trajectória como expositora não foi longa, as exigências do quotidiano, a vida familiar e a constante ajuda aos outros, falaram mais alto na sua vida. Participou em exposições da Sociedade Nacional de Belas-Artes e, realizou uma individual em 1923, mas muito cedo, deixou de figurar regularmente em certames, mantendo sobretudo uma prática artística privada.


Esta exposição retrospectiva tenta ver de perto o que Màmía fez, inclusivamente o invisível. Encontra-se disposta em duas salas e estrutura-se em cinco núcleos: «Màmía – modelo»; «Serenidade e silêncio: interior(es)»; «Pintar à luz do sol»; «Desenho e Ilustração: Màmía artística e científica» e «Naturezas-mortas, flores, folhas, conchas». O catálogo que acompanha a exposição, contém um estudo inédito, o primeiro realizado sobre a pintora. A mostra contará ainda com
workshops, conferências e visitas guiadas. Além da sua pintura e ilustração exibem-se diversas obras a que deu origem como modelo. Observam-se, assim, trabalhos de Alfredo, Raquel e Helena Roque Gameiro, Mily Possoz, Cottinelli Telmo, Hebe Gonçalves Gomes e Jaime Martins Barata, com quem casou em 1926. 
 
03 Tragédia no Museu Nacional do Rio de Janeiro,
por Mafalda Ferro


Acreditando que a tragédia ocorrida no Museu Nacional do Rio de Janeiro, deve ser encarada 
não só como um acontecimento chocante mas, também, como uma chamada de atenção aos responsáveis, particulares ou institucionais, por livros antigos, documentos, obras de arte, achados arqueológicos, científicos ou outros- Referimos, entre tantas outras, três Instituições que, embora em escalas completamente diferentes, têm os mesmos objectivos, a mesma preocupação e se regem pelos mesmos princípios:

 

O Arquivo Histórico e Biblioteca de livro antigo da Misericórdia de Lisboa com um acervo produzido e reunido durante os séculos XV-XXI; do muito mais recente Arquivo Histórico e Biblioteca da Fundação António Quadros com um acervo produzido nos séculos XIX-XXI e também incompleto devido a um incêndio em casa de Fernanda de Castro em 1965; do Museu Nacional do Rio de Janeiro com um acervo produzido desde há milhões de anos e hoje parcialmente desaparecido devido ao incêndio ocorrido no passado dia 2 de Setembro.

 

Em 1755, o terrível terramoto e o incêndio que se lhe seguiu causaram a destruição de quase todo o acervo produzido e reunido pela Misericórdia de Lisboa desde a sua criação em 1498. No entanto, face a essa perda irreparável, a Instituição não desistiu e encontrou forma, não de o recuperar na sua totalidade, não de recuperar os originais destruídos, mas de o refazer, reproduzindo documentos existentes na Torre do Tombo, no Hospital de Todos os Santos e, em menor volume, noutras Instituições e na posse de particulares.


Apesar de a documentação original referente à acção da Misericórdia nos seus primeiros séculos de vida ter desaparecido, os esforços ininterruptos e crescentes da Misericórdia na recuperação da informação e na sua preservação, os primeiros séculos da Instituição podem (em parte) continuar a ser estudados.


A existência do acervo do Arquivo Histórico da Misericórdia (hoje, com cerca de 9 km lineares de documentação) é prova irrefutável de que a Instituição usou a funesta experiência de 1755 para, com fé, vontade e perseverança, continuar a concretizar os seus objectivos arquivísticos levando a cabo acções de descrição e reprodução que, dento do possível, garantem a preservação da informação referente à sua actividade mais importante.

 

Espólios menos volumosos ou mais recentes como o da Fundação António Quadros são também insubstituíveis pelo que devem também ser preservados, acondicionados, descritos e reproduzidos para que, aconteça o que acontecer, continuem a servir a História mesmo em caso de desaparecimento dos seus originais.

A título de exemplo, referimos que a Fundação preserva algumas reproduções da época como, por exemplo a acta da reunião do júri que atribuiu o Prémio Antero de Quental a Fernando Pessoa, o retrato de António Ferro por Mário Eloy, cópias de cartas de Fernando Pessoa para António Ferro e de Mário de Sá-Carneiro para Augusto Cunha, entre muitas outras peças que, não sendo originais, são muito consultadas por constituírem o único objecto de estudo possível já que os originais estão até hoje perdidos.

 
E, finalmente, o Museu Nacional do Rio de Janeiro que, apesar de todos os cuidados,  perdeu grande parte do seu espólio, peças insubstituíveis que documentavam também uma parcela da nossa História.

Acreditamos que, hoje em dia, as peças mais significativas dos Museus, Arquivos e Bibliotecas estão fotografadas, digitalizadas ou filmadas que existem cópias em servidores externos, que é possível através dessas reproduções reconstituir espaços e peças, acções inimagináveis antes do século XX.

 

Hoje, já no século XXI, os resultados de catástrofes como terramotos, incêndios ou inundações, devem lembrar-nos a necessidade imperiosa de elaborar estratégias e planos de preservação, de reproduzir, divulgar e publicar usando de todos os meios ao nosso alcance para que a informação histórica nunca se perca e para que os que vierem depois de nós possam continuar a reconstituir o passado e a construir o futuro.

 

Instituições como Museus, Arquivos e Bibliotecas devem ser apoiadas por todos pois delas depende 

O CONHECIMENTO PRESENTE E FUTURO DE UM PASSADO LONGÍNQUO.

 
04 – V EPLP - Encontro de Poetas da Língua Portuguesa.
Convite.


A comissão organizadora do EPLP - ENCONTRO DE POETAS DA LÍNGUA PORTUGUESA convida todos os interessados a comparecer no dia 22 de Setembro, às 10h na Biblioteca do Museu Nacional do Desporto – Palácio de Foz – Restauradores.


A sessão iniciará com uma homenagem a Fernanda de Castro – Vida e Obra, por Arthur Santos, Raul Ferrão e Mariza Sorriso (poetisa e cantora brasileira, mentora e organizadora do projecto).


O Encontro contará com a participação de poetas dos países que compõem a CPLP e visa reforçar o intercâmbio cultural entre poetas de língua portuguesa através da poesia lusófona.

No mesmo dia, será apresentada uma antologia poética de autores lusófonos em cuja capa consta o poema de Fernanda de Castro "Se todos os Poetas derem as mãos".

 
05 Ascendência e descendência de Fernanda de Castro. Apresentação da obra.
Memória.


Memória da cerimónia de lançamento da obra de Madalena Ferreira Jordão "Ascendência e descendência de Fernanda de Castro", no Hotel Londres Estoril, no passado dia 11 de Agosto.

 



Legenda, da esquerda para a direita, de cima para baixo:

1 – Aspecto da plateia, antes do início das palestras.

2 – Aspecto da plateia, antes do início das palestras

3 - A autora, Madalena Ferreira Jordão com António Roquette Ferro e Francisco Ferro Gautier, neto e bisneto de Fernanda de Castro.

4 – Thereza Lobo e Cecília Mello e Castro.

5 – António Roquette Ferro com Pedro, Isabel (Bli) e Ricardo Novais (sobrinhos da pintora Inês Guerreiro).

6 – Mónica e Francisco Ferro Gautier com a prima Maria João Quadros e, ainda escondido, o Francisquinho, o futuro mais recente trisneto de Fernanda de Castro, a nascer antes do final do ano.

7 – Ana Bramão (atrás), Maria Azevedo Coutinho, Mafalda Ferro, Alexandra Bliebernicht e Isabel Novais.

8 – Emília Neves da Silva e Teresa Gautier.

9 – Mafalda Gautier.

10 – Mafalda Ferro com as netas Mafalda e Teresa Gautier.

 
06 Exposição de Pintura "De Lisboa a Caxias".
Convite.


A Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos convida para a exposição de Pintura de António Cristóvão "De Lisboa a Caxias", patente de dia 14 a 23 de Setembro, das 15 às 19h no Forte de S. Bruno em Caxias.


 
07 LIVRARIA DA FUNDAÇÃO.
Promoção do mês.


A Fundação disponibiliza para venda, em promoção especial até 14 de Outubro de 2018:

 

Título: A Espada de Cristal (Peça em 3 actos) seguida de Maria da Lua (Peça em 3 actos).

Edição - Lisboa: Sociedade Portuguesa de Autores, 1990.

PVP até 14 de Outubro de 2018: 12,00€.

PVP a partir de 14 de Outubro de 2018: 15,00€.

 

 
 
     
 
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